“Há dias em que os professores têm de tirar a água das salas com baldes. Temos fungos e humidade. Temos ratos e baratas. Os últimos espetáculos dos alunos foram cancelados por motivos de segurança”, contou à Lusa, na semana passada, Beatriz Dias, da Associação de Estudantes da ESD, descrevendo vários problemas da escola pertencente ao Instituto Politécnico de Lisboa (IPL).
Beatriz Dias está a terminar o curso de dança e diz que os problemas existem desde o primeiro dia em que entrou na escola situada no Bairro Alto, há três anos.
Segundo a finalista, há fitas amarelas e vermelhas que delimitam a zona da sala de convívio, onde caiu um pedaço de teto, há cortinas onde deviam estar portas a esconder as sanitas das casas de banho há aulas em estúdios construídos na garagem do edifício.
“As condições foram sempre as mesmas, porque este é um espaço que não foi criado de raiz e, por isso, está tudo a rebentar. Vão fazendo remendos, mas não é suficiente. Os alunos já não estão a conseguir trabalhar”, lamentou.
Nos estúdios não há regulação da temperatura ambiente, as janelas não fecham e o sistema de aquecimento está avariado, segundo a aluna.
A Lusa contactou, na semana passada, direção da escola para confirmar as situações relatadas pela direção da associação de estudantes, mas ninguém esteve disponível.
Criada há 30 anos, a ESD desenvolve a sua ação nos domínios da formação superior em dança e tem sido um polo criativo por onde passaram muitos profissionais de dança em Portugal.
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