Num comunicado enviado à agência Lusa, a AE-ESSL, que representa “600 alunos”, refere que, “ao longo” dos últimos 12 anos, têm sido “sucessivamente adiadas e/ou canceladas” obras, levando esta situação a “sucessivas e insistentes queixas” por parte de toda a comunidade escolar.

Os alunos relatam que na altura das chuvas há “bolor, humidade, baldes e panos por toda a instituição”, situação que se agravou no último inverno de uma forma “assustadoramente rápida”.

“Neste último [inverno], a situação escalou de uma forma assustadoramente rápida: num dos corredores mais movimentados do edifício, onde todos os dias passam centenas de pessoas, tiveram de ser retirados dois pedaços de teto falso por se encontrarem na iminência de colapsar, pondo, desta forma, em causa a integridade dos utilizadores do espaço escolar”, pode ler-se no documento.

No comunicado, os alunos indicam ainda que “14 portas” de emergência encontram-se atualmente “fechadas a cadeado”, por estarem “em perigo iminente de cair” caso sejam abertas, recordando que se trata de uma escola com laboratórios, salas de eletrotecnia e oficinas de arte.

“Locais de risco, aliados a uma falta de acessos de emergência é completamente inimaginável, apenas podem dar resultados desastrosos”, alertam.

Contactado pela Lusa, o diretor da Escola Secundária de São Lourenço, José Rosado e Silva, reconhece que existem problemas no edifício do estabelecimento de ensino, remetendo a resolução do caso para a Parque Escolar.

“Há problemas na escola, eles estão colocadíssimos, o engenheiro da Parque Escola já cá veio, já pediu orçamentos, só que tem sido demoradíssimo, primeiro pela pandemia [covid-19] e depois porque havia empresas que não respondiam”, disse.

O diretor da escola reconhece que “a demora é significativa” e que a escola já deveria ter sido alvo de uma intervenção.

“Esta última época das chuvas foi o que deitou abaixo tetos falsos, com infiltrações, mas estamos a aguardar que eles [Parque Escolar], de um momento para o outro, apareçam aí para fazer a obra, mas é tão devagarinho, tão devagarinho, que eu já não sei bem o que se está a passar”, acrescentou.

O diretor da Escola Secundária de São Lourenço acrescentou ainda que não foi encontrada uma solução para o problema até esta altura porque, nos últimos tempos, a Parque Escolar tem sofrido “sucessivas mudanças” na sua direção.

“Apanhámos tudo o que era contratempo”, lamentou.