“Pedimos ao Governo de Israel que contenha os efetivos militares que costumam exercer uma força desnecessária durante as manifestações semanais da ‘Grande Marcha de Regresso a Gaza'”, disse a organização não-governamental através de um comunicado.
O movimento islâmico Hamas, que controla “de facto” a Faixa de Gaza, pediu na quinta-feira a intensificação dos protestos.
Na sexta-feira passada, dia de oração, morreram sete palestinianos em confrontos durante uma semana marcada pelo disparo de lança-foguetes a partir do norte de Gaza contra território israelita, um dos quais atingiu uma casa sem causar vítimas.
O Exército de Israel respondeu com bombardeamentos contra 20 objetivos do movimento islâmico.
O Gabinete de Segurança de Israel esteve reunido durante a noite passada e admitiu a possibilidade de levar a cabo uma operação de grande envergadura contra possíveis incidentes hoje na zona da fronteira, noticia o jornal israelita Yediot Ahronot.
A Amnistia Internacional alerta que a política de “tolerância zero” — cujos detalhes não foram divulgados — pode significar “mais mortes de palestinianos junto à fronteira com Israel”.
“Dado o horrível historial das forças de segurança israelitas – que utiliza uma força letal contra os manifestantes palestinianos em Gaza — o anúncio da política de ‘tolerância zero’ é profundamente alarmante”, disse Saleh Higazi, diretor adjunto da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e norte de África.
Desde que começou a “Grande Marcha de Regresso a Gaza”, no passado dia 30 de março, morreram 205 palestinianos, vítimas dos disparos do Exército israelita.
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