O protocolo para consolidação da expansão da rede de metro no Grande Porto e metro bus, a que a Lusa teve hoje acesso, vai ser assinado no dia 21 pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática, a Metro do Porto, a AMP e pelos municípios diretamente envolvidos, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa do Varzim, Trofa, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.

Em causa estão cerca de 860 milhões de euros do Plano Nacional de Investimento (PNI) 2030, cujo futuro, desafiava em janeiro o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, devia ser decidido pelos municípios.

Destes 860 milhões, cerca de 620 milhões de euros destinam-se à consolidação da rede do Metro do Porto e 240 milhões de euros para o desenvolvimento de sistemas de transportes coletivos, verbas que deverão ser executadas entre 2021 e 2030.

De acordo com o documento, os estudos a desenvolver no âmbito do protocolo para consolidação da rede de metro e metro bus vão sustentar as decisões da AMP e dos municípios quanto às prioridades de investimento para o período de 2021-2030, "tendo em conta os objetivos estratégicos da Metro do Porto, os montantes de investimento previsto no PNI e a sustentabilidade ambiental, económico-financeira, coesão territorial e social da AMP".

Os estudos de procura e viabilidade, que a Metro do Porto se compromete a desenvolver no prazo de 10 meses, vão incidir sobre sete ligações que foram propostas pela AMP.

Numa carta dirigida ao ministro do Ambiente, datada de 05 de fevereiro, o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, pede que sejam atualizados e posteriormente disponibilizados os estudos existente na Metro do Porto, nomeadamente para as linhas Casa da Música - Devesas - Santo Ovídeo, prolongamento da linha circular (Casa da Música - Polo Universitário Asprela ou Combatentes) e Gondomar (Campanhã - Souto, via Valbom).

Pede-se o mesmo para as linhas São Mamede (Polo Universitário Asprela/Fonte do Cuco), ISMAI – Trofa, Campo Alegre e II Linha da Maia (polo Universitário Asprela/FEUP - Maia).

A estas opções acrescentam-se algumas soluções ‘bus rapid transit’/metro bus, desde já assumidas como viáveis, nomeadamente a linha Avenida da República - Crestuma (Gaia) e Devesas - Canidelo (Gaia), o canal da Estrada da Circunvalação e Vila do Conde - Póvoa de Varzim, entre outras.

O pedido foi atendido pelo ministro João Pedro Matos Fernandes que, dois dias depois, em carta dirigida ao presidente da AMP, se comprometeu a elaborar uma primeira versão do protocolo a celebrar entre a tutela, a Metro do Porto, a AMP e as autarquias, num prazo de 10 dias.

Contactado pela Lusa, o presidente da AMP e autarca de Vila Nova de Gaia mostrou-se convicto de que os estudos de viabilidade vão justificar a inclusão de linhas que até aqui não eram consideradas prioritárias, permitindo trabalhar a coesão territorial dentro da área metropolitana.

Eduardo Vítor Rodrigues admitiu que os resultados destes estudos possam permitir um reforço das verbas previstas, que “o ministro não excluiu”.

“Com mais 200 ou 250 milhões [a mais] fazemos as linhas todas", afirmou, sublinhando que no final deste ano ficam definidas as ligações que vão avançar.

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