“Foi concluída a análise preliminar à caixa negra. Permitiu-nos concluir como prioritária a versão do erro de pilotagem como a causa do acidente”, declarou a fonte citada pela agência russa Interfax.
Outra fonte contactada pela agência de notícias russa explicou que “segundo dados preliminares, falharam os ‘flaps’ das asas do avião (dispositivo na parte traseira da asa de uma aeronave que, através de uma superfície que se estende, se abaixa ou se curva, altera a forma da asa e as suas características aerodinâmicas para momentos diferentes do voo) e, como resultado da falha, o aparelho perdeu força de elevação.
Peritos consultados pelo diário russo Kommersant também apontam para um erro de pilotagem como a causa mais provável do acidente que fez 92 vítimas mortais.
O TU-154 do Ministério da Defesa russo despenhou-se no domingo, dois minutos e 44 segundos após a sua descolagem do aeroporto de Sochi, na costa do Mar Negro. Tinha como destino a base russa de Hmeimim, perto da cidade síria de Latakia.
A bordo seguiam militares, nove jornalistas russos e 64 membros do Ensemble Alexandrov, coro e grupo de dança do exército russo, que ia participar nas festividades de Ano Novo na base aérea na Síria, um aliado de Moscovo. A bordo também estava uma reconhecida responsável por uma fundação humanitária russa, Elizaveta Glinka.
Um guarda fronteiriço russo que testemunhou a queda do TU-154 explicou, em declarações ao diário Kommersant, que o avião em vez de ganhar altura começou a descer rapidamente em direção ao Mar Negro.
Segundo a mesma testemunha, a posição do aparelho parecia estranha mesmo que se tratasse de uma manobra de aterragem e comparou a posição do avião a uma moto elevada sobre as rodas traseiras.
O Ministério da Defesa russo divulgou esta terça-feira que a principal caixa negra do avião militar tinha sido encontrada.
“A principal caixa negra foi encontrada às 05:42 hora de Moscovo (02:42 em Lisboa), a 1.600 metros da costa, a uma profundidade de 17 metros”, informou o ministério, citado pelas agências russas.
Até hoje de manhã, segundo a Interfax, tinham sido recuperados 13 cadáveres e cerca de 160 fragmentos de corpos.
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