“Uma das lições que eu acho que a última sessão legislativa nos trouxe deve ser, com toda a capacidade de perceção, esta: quer o PSD, quer o PS, devem ser por nós tratados como iguais”, afirmou.
O deputado único do Chega na Assembleia da República falava hoje em Ponta Delgada, nos Açores, num balanço da atividade parlamentar.
Afirmando que o PSD “sempre” que pode “ataca” o Chega, André Ventura realçou que o “opositor” do partido é o “sistema”, seja ele “protagonizado pelo PS ou pelo PSD”.
“Esta ideia de que o Chega só pode governar com o PSD ou se o PSD um dia aceitar numa futura maioria parlamentar é uma ideia errada”, afirmou.
E acrescentou: “Se o PSD nos encostar à parede parlamentar devemos ter a mesma capacidade que tivemos com o PS, de dizer que votarmos contra se não tiverem garantidas as condições”.
André Ventura disse ainda ter visto com “espanto” a inclusão da redução de deputados na proposta de revisão constitucional do PSD.
“Chegaram-me a dizer que reduzir deputados ia prejudicar os partidos mais pequenos. Pois, com espanto vejo que há três ou quatro dias, o doutor Rui Rio apresentar a proposta de revisão constitucional do PSD que inclui a redução de deputados, que foi proposta por nós e chumbada pelo PSD”, apontou.
O deputado do Chega realçou que a revisão constitucional “não é um fetiche” do partido, frisando que o partido não irá abdicar do seu projeto de revisão.
“O Chega nunca deverá abdicar do seu projeto e do processo de revisão constitucional. Participaremos neste projeto do PSD? Evidentemente. Não fazemos o que outros partidos nos fizeram, que é nem sequer participar no nosso projeto”, concluiu.
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