“Parto do princípio que teremos um texto comum sobre o comércio”, referiu Merkel, acrescentando que um documento assinado pelos membros do G7 – Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Reino Unido, Itália e Japão – “não resolve os problemas detalhadamente”.
Em alusão às medidas comerciais unilaterais dos norte-americanos, mais recentemente com a aplicação de direitos aduaneiros às importações de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México, Angela Merkel afirmou que existem “diferentes conceções com os Estados Unidos”.
A chanceler da Alemanha não deu mais pormenores sobre a declaração final dos sete países mais industrializados do mundo, que marca o final da cimeira, porém assinalou que as questões ambientais e climáticas excluirão os Estados Unidos.
Antes de abandonar La Malbaie, na província canadiana do Canadá, o Presidente dos Estados Unidos revelou que instou à reflexão os restantes membros do G7 para a criação de uma zona livre de comércio.
Donald Trump, que viajou para a cimeira história de terça-feira com o líder da Coreia do Norte, em Singapura, afirmou que não sabe “se vai funcionar” uma zona livre de comércio, mas apresentou a proposta aos restantes membros do G7.
“Tivemos debates extremamente produtivos sobre o que é necessário para ter trocas comerciais justas”, referiu, em conferência de imprensa, na qual começou por ameaçar parar as exportações dos Estados Unidos, especialmente no setor agrícola, para países que mantêm a aplicação de direitos aduaneiros a produtos norte-americanos, como retaliação pelas medidas comerciais unilaterais dos EUA.
“Remover as tarifas, remover as barreiras não tarifárias e remover outros mecanismos” consubstanciaram a ideia de Trump, que enalteceu a qualidade das relações com outros dirigentes que integram o G7, citando particularmente o primeiro ministro canadiano, Justin Trudeau, o Presidente de França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
A imposição de taxas aduaneiras às importações dos Estados Unidos de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México foram uma linha de fratura que “pairou” na cimeira do G7.
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