"O executivo angolano decidiu contribuir no financiamento das eleições legislativas da Guiné-Bissau de 18 de novembro com o montante de um milhão de dólares americanos sob forma de donativo, mediante um acordo entre Angola e o PNUD", afirmou o embaixador angolano em Bissau, António Rosa.
Segundo o diplomata, a decisão das autoridades angolanas foi tomada na "perspetiva de ajuda à saída da crise institucional que assola a Guiné-Bissau há mais de três anos, com vista à implementação do Acordo de Conacri e o Roteiro de Bissau e tendo em conta que a crise política e institucional teve profundos reflexos na economia e constitui um fator de limitação da capacidade de financiamento do próprio Estado".
António Rosa, que falava durante a cerimónia de assinatura do acordo de financiamento na sede das Nações Unidas em Bissau, salientou também que perante a determinação das autoridades guineenses para realizar eleições, e tendo em conta os "laços de amizade e cooperação", Angola, à "semelhança dos demais parceiros internacionais, não podia ficar indiferente".
O representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Viegas Filho, afirmou que as eleições legislativas de 18 de novembro visam levar o país para "longe da instabilidade que caracterizou o passado".
Presentes na cerimónia estiveram também o presidente da Comissão Nacional de Eleições, José Pedro Sambu, e a ministra da Administração Territorial guineenses, Ester Fernandes, que agradeceram o donativo.
A Guiné-Bissau tem eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, mas atrasos no processo eleitoral, incluindo no início do recenseamento, tem provocado críticas dos partidos políticos sem assento parlamentar e da sociedade civil.
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