Os dados foram revelados hoje pelo diretor do gabinete provincial de saúde local, Sebastião Ramalhos, à margem da terceira sessão extraordinária do conselho de auscultação e concertação social, tendo apresentado no encontro, um plano de emergência de combate à doença, que é a primeira causa de morte no país.
Segundo Sebastião Ramalhos, o plano prevê a realização de campanhas de sensibilização sobre a doença em escolas e comunidades e a promoção do saneamento e recolha de lixo, para a eliminação dos vetores de transmissão.
O responsável sanitário, citado pela agência noticiosa angolana, Angop, avançou que durante a época chuvosa, que começa normalmente em setembro e decorre até maio do ano seguinte, será prestada maior atenção aos centros e postos médicos das periferias, evitando que o elevado número de internamentos obrigue a colocação de mais de uma criança na mesma cama, situação que tem acontecido nos anos anteriores.
A província do Moxico tem uma taxa de incidência da malária de 40%, a maior percentagem a nível nacional, o que justifica, segundo Sebastião Ramalho, a intensificação, a partir de outubro, da distribuição de mosquiteiros à população com vista a alterar o quadro.
A anemia severa está associada à malária, mas o défice de técnicos especializados para o centro de hemoterapia no hospital municipal, bem equipado para o efeito, é uma preocupação.
“No hospital municipal do Moxico, há um serviço de hemoterapia completamente montado, mas só temos lá uma técnica. Há necessidade de o pôr a funcionar 24 horas por dia, para diminuir a procura no Hospital Geral”, disse.
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