Em comunicado, a empresa responsável pelo projeto, a Lúcios Real Estate, refere que, após várias décadas de abandono, o edifício localizado à face da Avenida Fernão Magalhães, vai dar lugar a novos espaços comerciais (supermercado), serviços (ginásio), escritórios, residências com serviços e um hotel, estando prevista a sua conclusão para o último trimestre de 2022.
A solução pensada propõe "a reformulação profunda do projeto inicial, inspirando-se nas novas dinâmicas do Porto e potenciando a capacidade atrativa do centro da cidade", lê-se na missiva.
O futuro Edifício Pacífico, que deve o seu nome à história do navegador Fernão Magalhães, vai ocupar uma área de cerca de 49.000 metros quadrados, obrigando a um investimento de 97 milhões de euros e à criação de "mais de 800 postos de trabalho".
No total, são quatro novos volumes, com parque de estacionamento público. O projeto vai obrigar ainda à criação de uma praça pedonal e ao alargamento da Rua de Abraços para facilitar os acessos e "libertar o fluxo de trânsito na Avenida Fernão Magalhães".
De acordo com a administração do Grupo Azevedo's, detentor da Lucios Real Estate, "a construção existente representa um grave problema de interesse público, apresentando um desenho pesado e desajustado à atual realidade da cidade", pelo que, o principal objetivo "é devolver este espaço à comunidade, promovendo negócios, emprego e novas dinâmicas."
A história do edifício localizado entre a Avenida Fernão Magalhães e a Rua dos Abraços, junto ao Campo 24 de Agosto, no centro do Porto, remonta a 1974, altura em que foi lançada a primeira pedra. A obra acabou por se prolongar no tempo, tendo sido suspensa no início dos anos 90.
Já 2006, o edifício foi notícia, ficando conhecido como local onde a transexual Gisberta foi assassinada.
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