Estas posições foram assumidas por António Costa no final da IV Cimeira Luso Moçambicana, que decorreu em Lisboa, após os governos dos dois países terem assinado 13 acordos bilaterais.

Tendo ao seu lado o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, o primeiro-ministro português congratulou-se com os mais recentes passos dados para a "consolidação da paz em Moçambique", mas também se referiu aos recentes acordos assinados entre a União Europeia e a SADEC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), assim como "às oportunidades que se abrem para a exploração de recursos naturais".

"Temos uma longa História, mas também queremos ter um longo futuro", declarou o líder do executivo nacional, antes de elogiar o apoio dado pelo Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, à celebração de um acordo de mobilidade no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Esse acordo é essencial para a agilização das relações entre os cidadãos dos nossos dois países. Queremos construir uma grande ponte do Atlântico até ao Índico", frisou António Costa.

Por outro lado, segundo o primeiro-ministro, com a concretização do acordo entre a SADEC e a União Europeia, Portugal e Moçambique podem ser os principais dinamizadores das relações entre estas duas regiões do mundo.

No plano bilateral, António Costa observou que, pelo segundo ano consecutivo, houve já duas cimeiras ao mais alto nível político - um dado que considerou demonstrar a intensidade das relações entre os dois países.

"Há uma nova dinâmica nas relações entre os nossos dois países, como, aliás, se pode verificar pela diversidade dos diferentes instrumentos agora assinados", referiu.

No plano político, o primeiro-ministro saudou "os sucessos alcançados para a consolidação do processo de paz em Moçambique", considerando que "são uma excelente notícia para os moçambicanos e também para os portugueses".

António Costa sustentou, ainda, que o número de empresários nacionais presentes no Fórum de Negócios Portugal/Moçambique, esta manhã, em Lisboa, "traduz esse clima de confiança" e o interesse em investimentos.

"Moçambique vive um momento de esperança e de oportunidade. Por isso, foi absolutamente marcante como, à margem desta cimeira, as empresas portuguesas e moçambicanas participaram naquele seminário económico", acrescentou.