António Costa falava no almoço de apresentação da candidata do PS à presidência da Câmara de Santa Maria da Feira, Margarida Rocha Gariso, uma iniciativa que reuniu no Centro Social Luso Venezolano, em Nogueira da Regedoura, centenas de apoiantes.
O líder socialista transmitiu “o apoio incondicional do PS” à candidata, que “sabe bem o que quer, a visão e as políticas que quer executar”.
“É possível fazer diferente e melhor. Foi isso que o 25 de Abril nos deu – a possibilidade de escolher – e temos aprendido que há sempre uma alternativa, que é possível fazer diferente e melhor”, declarou o também primeiro-ministro.
António Costa lembrou que há um ano e meio “também diziam que não havia alternativa ao PSD e CDS” no Governo, mas sublinhou que agora os números e o clima de confiança das famílias e empresas demonstram que foi possível “fazer diferente e melhor”.
“Atingimos o melhor défice orçamental de 42 anos de democracia, a economia volta a acelerar. Acabámos o ano com a economia da União Europeia que mais cresce e em que mais empregos estão a ser criados, fazendo o contrário do que diziam, ou seja, repondo vencimentos e pensões e baixando os impostos. Sim, é possível fazer diferente e ter melhores resultados”, salientou.
À oposição do PSD e CDS, que “ficou surpreendida e não se conforma” com esta evolução, o António Costa deixou um recado, referindo que “é tempo de virar a página e pensar nos desafios futuros”.
Além disso, rejeitou a crítica de que falta ao executivo nacional visão de médio prazo.
“Dizer que não temos visão de médio prazo é não perceber que há alternativa à deles, que era a de que o país tinha de empobrecer e viver abaixo das necessidades. A convicção era tão grande que disseram aos jovens para emigrar. Essa era a visão deles de médio prazo”, rebateu.
A visão é agora outra para António Costa, a de “um país que investe na qualificação, combate a precariedade e investe na criação de valor, com um clima de estabilidade e condições para que empresas e sindicatos possam negociar”.
A propósito, recordou o “momento histórico” do novo acordo coletivo de trabalho do setor do calçado, com bastante expressão no concelho, considerando-o uma conquista civilizacional, ao estabelecer a igualdade salarial entre homens e mulheres.
“É assim que se constrói o Portugal do futuro, criando relações sólidas no trabalho em vez da precariedade, remunerando melhor para fixar o talento. Não queremos regressar ao país triste e sem esperança no futuro do PSD e CDS”, concluiu.
Coube ao líder da Federação Distrital do PS, Pedro Nuno Santos, criticar os 40 anos de gestão social-democrata à frente da autarquia e as “tentativas” do PSD da Feira de mascarar agora a inércia da gestão local com o sucesso da evolução económica nacional, sob a governação do PS.
“‘Não’ às técnicas de marketing do presidente da Câmara, que consegue transformar resultados nacionais em sucessos locais. Não há uma iniciativa para atrair investimento, tem havido mais investimento e emprego na Feira como no resto do país, mas o que fez o presidente? Ao PSD da Feira deve-se zero”, afirmou.
Margarida Gariso apresentou-se “em nome da mudança”, prometendo “um caminho diferente”, capaz de voltar a interessar pela vida autárquica os 56 mil feirenses que se abstiveram em 2013.
Esse caminho, disse, passa por uma gestão de proximidade, com reuniões de câmara e postos de atendimento nas 31 freguesias, e um orçamento participativo de meio milhão de euros.
Caso seja eleita, prometeu, irá avançar com um plano de mobilidade e transportes, modernizando a rede viária e concretizando vias estruturantes como a Via Feira/ Nogueira e o Eixo das Cortiças, e uma rede de transportes flexível que sirva todo o concelho, com três centros coordenadores.
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