Antes de chegar à bancada social-democrata, que fica em frente à do Governo, António Costa falou com a coordenadora do BE, Catarina Martins, com o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, e com Fernando Negrão.
No final de um debate menos tenso do que outros, com anteriores lideranças da bancada do PSD, de Hugo Soares ou Luís Montenegro, o primeiro-ministro trocou breves palavras com Fernando Negrão, que cumprimentou com um abraço.
Tudo isto prolongou-se por cerca de dez minutos, antes de António Costa aproveitar para falar demoradamente, nos Passos Perdidos, o espaço em frente a uma das entradas para o hemiciclo, com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
À espera de Fernando Negrão, à porta da sala da direção do PSD, estavam os jornalistas, que queriam um comentário ao debate.
“Sinto que cumpri o meu dever”, afirmou o novo líder parlamentar do PSD, interpretando as palmas dos deputados como um sinal de união e apaziguamento.
E sintetizou, lembrando que quinta-feira há reunião da bancada: “A vida parlamentar decorre com toda a normalidade.”
À saída, os deputados evitaram fazer comentários à prestação de Fernando Negrão na sua estreia como líder parlamentar em debates quinzenais.
A exceção foi Paula Teixeira da Cruz, a deputada que considerou que Fernando Negrão não estava legitimado com a votação que teve (35 votos a favor, 32 em branco e 21 nulos).
“Temos que estar atentos, preocupados com o que se passa no país. Todos, no PSD, somos poucos para fazer uma oposição real”, afirmou.
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