António Costa esteve com o Papa Francisco para "agradecer a forma como deu energia" a todos os participantes na Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu em Lisboa entre os dias 1 e 6 e agosto deste ano.
"Foi também uma forma de ouvir o Papa Francisco sobre os temas a que ele tem dado particular atenção: a questão das migrações, alterações climáticas, desigualdades, a questão da paz. Foi uma conversa particularmente interessante".
O primeiro-ministro lembrou que Portugal tem "uma relação secular" com o Vaticano, "sempre muito positiva e rica" e comentou a recente nomeação de mais um cardeal português, D. Américo Aguiar.
"É um motivo de grande orgulho termos a maior representação de sempre de cardeais [portugueses], quatro deles eleitores, dois deles bastante jovens. Seguramente serão cardeais por muitos e bons anos, por muitas décadas. É um sinal importante que o Papa Francisco tem dado no sentido de renovação e de rejuvenescimento da Igreja".
Após o encontro com o Papa, António Costa foi recebido em audiência pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, fazendo-se acompanhar por João Gomes Cravinho, Ana Catarina Mendes e pelo embaixador Domingos Fezas Vital.
"Tenho tido oportunidade de encontrar o cardeal Parolin com muita frequência, em vários eventos internacionais", apontou, referindo que falaram da "guerra, a vontade da paz; e as questões das migrações e das alterações climáticas".
"São desafios difíceis, mas não podemos deixar ninguém para trás", notou Costa. O primeiro-ministro lembrou também que os encontros entre o Papa e os chefes de Estado são "importantes" e "devem acontecer tantas vezes quanto possíveis".
Sobre as possíveis divergências no tema da Ucrânia, entre a Europa e a Santa Sé, António Costa referiu que "todos convergimos na vontade de que haja paz e que a paz seja justa, duradoura e chegue tão rápida quanto possível. O caminho para a paz, cada um procura através dos seus próprios caminhos. É muito importante a mensagem que a Santa Sé tem transmitido, a mediação que tem desenvolvido".
Esta é a quarta vez que António Costa, enquanto primeiro-ministro, se encontra com o Papa Francisco.
A primeira ocasião ocorreu na celebração dos 60 anos do Tratado de Roma, em 25 março 2017, em que o Conselho Europeu se reuniu com o Papa Francisco, na Capela Sistina.
No mesmo ano, em maio, o primeiro-ministro esteve com Francisco por ocasião da primeira deslocação do Papa a Portugal, concretamente ao Santuário de Fátima, por ocasião do centenário dos acontecimentos na Cova da Iria.
Já o terceiro momento enquanto chefe do Governo ocorreu em agosto último, na JMJ.
Como presidente da Câmara de Lisboa, António Costa esteve no Vaticano, numa audiência pública com outros representantes da Rede de Cidades Magalhânicas.
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