Durante o debate quinzenal que decorreu hoje na Assembleia da República, em Lisboa, o chefe de Governo foi questionado pelo deputado único do Chega, André Ventura, se “se as notícias que saíram hoje em relação ao secretário de estado que teria metido uma cunha para aquisição de testes são ou não verdadeiras, e se vai manter a confiança no seu secretário de Estado”.

“Sim, mantenho a confiança nos membros do Governo senão eles não seriam membros do Governo”, respondeu o primeiro-ministro.

A Iniciativa Liberal já tinha pedido hoje de manhã a demissão do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, por uma “sucessão de comportamentos não éticos”, exigindo uma investigação ao alegado favorecimento a um ex-sócio do governante.

Em comunicado, o deputado único e presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, considerou que a “notícia do Secretário de Estado que colocou uma cunha para alegadamente favorecer um ex-sócio parece mais um caso clássico de primos e amigos deste Governo e deve por isso ser alvo de uma minuciosa investigação”.

Segundo os liberais, uma notícia de quarta-feira “dá conta que o mesmo secretário de Estado contratou um militante do PS, seu apoiante para motorista é um bom exemplo de tudo o que está mal na política portuguesa”.

“Este já não é nem o primeiro, nem segundo, nem terceiro caso de falta de ética, no mínimo, deste secretário de Estado e, por isso, a Iniciativa Liberal exige a sua demissão imediata”, refere.

No debate de hoje, o líder demissionário do Chega questionou também o primeiro-ministro sobre as dívidas do Estado a fornecedores, considerando que “muito falta fazer nessa matéria”.

“Onde, e como, estão a ser feitos esses pagamentos, qual é o prazo – se é que existe um prazo – para o pagamento final dessa dívidas a privados e quando é que poderemos finalmente ter uma luz ao fundo do túnel sobre isto”, quis saber André Ventura.

Em resposta, António Costa afirmou que “no final do ano o Estado fez um grande esforço” para “poder pagar e reduzir significativamente esse montante de dívida”.

“No final do mês de março, o total da dívida era de 433 milhões, menos 312 milhões do que em março do ano passado, e menos 180 milhões do que em fevereiro”, salientou o primeiro-ministro, frisando que “o Estado está a pagar, vai continuara a pagar e vai continuar o esforço para reduzir os prazos de pagamento”.

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