Desde uma cimeira sobre emprego realizada no Luxemburgo em 1997, esta é a primeira cimeira europeia ao mais alto nível dedicada a questões sociais, sendo centrada na “Equidade, no Emprego e no Crescimento”, e constituirá também o "palco" para os líderes europeus assinarem a proclamação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, acordado este ano entre as instituições da UE.
António Costa, que viaja para a Suécia acompanhado pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, intervirá num dos três painéis interativos que decorrerão à margem da sessão plenária, intitulado “Entre empregos: apoiar a transição”. Este painel contará também com a participação do Presidente francês, Emmanuel Macron, entre outros chefes de Estado e de Governo da UE.
Coorganizada pela Comissão Europeia e Governo sueco, a “Cimeira Social sobre equidade no emprego e no crescimento” visa constituir uma oportunidade de as principais partes interessadas debaterem as prioridades e iniciativas políticas à escala europeia e estudarem de que modo a União Europeia, os Estados-membros e os parceiros sociais a todos os níveis podem concretizar as prioridades económicas e sociais que partilham”.
O objetivo, segundo os organizadores, é “reunir os chefes de Estado e de Governo, os parceiros sociais e outros intervenientes importantes para que possam trabalhar em conjunto para promover a equidade no emprego e no crescimento”, mas vários analistas antecipam que a declaração final a ser adotada deverá ser demasiado vaga e totalmente não vinculativa.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, acredita todavia que a cimeira de Gotemburgo ajudará a UE a “imprimir a dinâmica necessária e a colocar as prioridades sociais onde devem figurar, no topo da agenda da Europa”, lembrando que desde o início do seu mandato tornou claro que o seu objetivo “era uma Europa mais social”.
A cimeira de Gotemburgo constituirá também uma oportunidade para importantes contactos entre os chefes de Estado e de Governo da União Europeia quando se avizinham duas “eleições” importantes, ainda muito em aberto: a recolocação das agências que vão deixar o Reino Unido devido ao ‘Brexit’ – sendo o Porto uma das cidades candidatas a acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA) -, que será decidida a 20 de novembro; e a eleição do futuro presidente do Eurogrupo, quando se aproxima o prazo para a apresentação de candidaturas (na próxima semana), continuando o ministro Mário Centeno a ser apontado como um dos possíveis sucessores de Jeroen Dijsselbloem à frente do fórum de ministros das Finanças da zona euro.
[Notícia corrigida às 19:06 - Corrige, no primeiro parágrafo, a data da cimeira, que é sexta-feira e não quinta-feira]
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