António Costa transmitiu esta posição no encerramento da cerimónia de posse dos novos comandante-geral da GNR, tenente-general Rui Veloso, e diretor nacional da PSP, superintendente-chefe Barros Correia, que decorreu no Ministério das Finanças.
“Esta cerimónia reveste-se de um simbolismo muito especial. Pela primeira vez, temos uma cerimónia comum de posse do comandante-geral da GNR e do diretor nacional da PSP e com ela reafirmamos simultaneamente, quer a natureza dual do nosso sistema de forças de segurança – uma de natureza militar, outra de natureza civil -, mas reafirmamos também a determinação de ambas trabalhares, no respeito pelas competências próprias de cada uma, em estreita cooperação, colaboração e camaradagem no desempenho da missão comum de garantir a segurança dos cidadãos”, declarou o primeiro-ministro,
Com os ministros da Administração Interna e da Defesa, bem como com os diretor nacional da PJ, a procuradora geral da República e o presidente da Câmara de Lisboa a escutarem a sua intervenção, António Costa acentuou que a produção de segurança é cada vez mais uma tarefa exigente e colaborativa.
“Exige uma cultura de segurança na sociedade”, advertiu, antes de estender a obrigatoriedade de coordenação entre GNR e PSP ao conjunto do sistema das Forças Armadas e demais forças de segurança.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro elogiou a ação da PSP e da GNR e referiu os crescentes desafios a que estão sujeitas, nomeadamente, agora, com funções ao nível do controlo das fronteiras.
“A GNR e a PSP já não limitam a sua ação à manutenção da ordem pública, à segurança de pessoas e bens e à regulação do trânsito. Hoje são polícias integrais, assumem um papel decisivo na prevenção da criminalidade, na investigação criminal e respondem à evolução da sociedade na exigência do combate à violência doméstica, no reforço da segurança nas escolas, no acompanhamento de idosos isolados ou na promoção do bem-estar animal”, observou o líder do executivo.
António Costa frisou ainda que a PSP e GNR já não limitam as suas missões ao território nacional e integram diversas missões internacionais no âmbito da cooperação ou sob a égide da ONU ou da União Europeia.
Na parte final da sua intervenção, o primeiro-ministro procurou destacar a ideia de que a PSP e GNR representam um fator de confiança na sociedade portuguesa, e deixou uma garantia.
“Por mim, resta-me confirmar o compromisso do Governo de determinação na execução dos objetivos de valorização da GNR e da PSP”, declarou.
Segundo o Governo, a escolha de Rui Veloso para comandante-geral da GNR foi uma decisão tomada em conjunto pelo primeiro-ministro, António Costa, pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, e pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
Já a escolha de Barros Correia para diretor nacional da PSP foi tomada em conjunto pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Administração Interna.
O tenente-general Rui Veloso, 53 anos, foi promovido ao atual posto no dia 16 de agosto de 2023 e vai ser o primeiro comandante-geral da GNR oriundo da própria Guarda, até agora comandada por oficiais generais do Exército.
Atual segundo comandante-geral da Guarda, Rui Veloso comandou ainda o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (atual Unidade de Emergência de Proteção e Socorro), tendo ainda desempenhado quatro missões no estrangeiro.
O superintendente-chefe Barros Correia, 58 anos, ocupa desde 2018 o cargo de secretário-geral dos Serviços Sociais da PSP, tendo exercido as funções de presidente do Grupo de Cooperação Policial da União Europeia durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, comandante regional dos Açores e oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na Embaixada de Portugal na República Democrática de São Tomé e Príncipe.
*Notícia atualizada às 11h46
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