“A minha prioridade é prosseguir a trajetória de repor a qualidade dos serviços públicos e em particular do Serviço Nacional de Saúde (SNS), continuar esta trajetória de redução sustentada do défice e da dívida, porque acho que nós temos que nos propor chegar ao final da próxima legislatura com uma dívida pública que esteja próxima dos 100%” do PIB, afirmou, em entrevista à TSF e ao suplemento Dinheiro Vivo, do DN e JN, quando questionado se é uma prioridade a baixa de impostos.
Costa quer ter um “nível de maior segurança perante as incertezas que inevitavelmente, no médio longo prazo, o país enfrentará face à economia internacional”.
Já sobre a continuação de Mário Centeno como ministro das Finanças, num futuro Governo, caso o PS ganhe as eleições legislativas de outubro, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro responde com um “sim” à pergunta de se está a contar com ele no executivo, juntando-lhe um argumento histórico.
“Acho que tem mesmo a oportunidade de poder, se os portugueses nos permitirem voltar a formar um novo Governo, de ser não só aquele [ministro das Finanças] que fez uma legislatura completa, mas também fazer uma segunda legislatura”, afirmou nesta entrevista conduzida por Anselmo Crespo, subdiretor da TSF, e Rosália Amorim, diretora do Dinheiro Vivo.
Como tem acontecido noutras entrevistas, António Costa não coloca a meta eleitoral na maioria absoluta, afirmando apenas que quer “o melhor resultado possível” para o PS em outubro.
Nas europeias de 26 de maio, os socialistas têm como cabeça de lista o ex-ministro Pedro Marques e o chefe do Governo assumiu que daria “seguramente” um bom comissário europeu.
Ainda sobre a nova lei de bases da saúde, que o PS já disse que confirmaria no parlamento se o Presidente da República a vetasse, o primeiro-ministro afirmou que as conversações com os parceiros à esquerda estão a correr bem e pediu que não se dramatize uma eventual ausência do PSD deste entendimento.
“Não vale a pena dramatizar muito a questão porque seria a primeira vez que haveria acordo”, afirmou, recordando como, ao longo da história recente, a esquerda e os dois partidos de direita, PSD e CDS, nunca se entenderam no SNS ou na lei de bases da saúde.
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