De acordo com os dados da APAV, divulgados para assinalar o Dia dos Namorados, que hoje se comemora, 322 vítimas pediram ajuda enquanto ainda estavam na relação, 308 (92,8%) das quais estavam num relacionamento heterossexual e 18 (5,4%) em relacionamento homossexual.

Relativamente à faixa etária, a maioria das vítimas tinha entre os 18 e os 44 anos, de acordo com a APAV que pela primeira vez apresenta estatísticas sobre violência no namoro.

A associação indica que 691 vítimas recorreram ao apoio após o fim da relação, 637 (92,2%) das quais em relacionamento heterossexual e 44 (6,4%) em relacionamento homossexual.

A maioria das vítimas são mulheres (87,7%) com idades entre os 25 e os 34 anos.

Segundo os dados da APAV, 65,1% das vítimas que pediram ajuda durante a relação são de nacionalidade portuguesa e 22% estrangeira.

Relativamente às vítimas que procuraram auxílio após o fim da relação, 71,7% eram de nacionalidade portuguesa e 18,5% estrangeira.

Quanto a denúncias, a maioria foram feitas em Lisboa (90 durante a relação e 215 após o fim do relacionamento), Porto (47 durante a relação e 106 após o fim da relação).

Segundo a APAV, a maioria dos agressores das vítimas que pediram ajuda durante a relação são do sexo masculino (89,2%) e mulheres (9,9%).

Quanto às vítimas que pediram apoio após o fim da relação, a maioria dos agressores são homens (88,6%) e mulheres (10,5%).

A APAV indica também que foram registados 94,1% de crimes de violência doméstica e 5,9% de outros crimes e formas de violência durante o relacionamento.

Quanto à violência pós rutura da relação, foram registadas 92,9% de crimes de violência doméstica e 7,1% de outros crimes e formas de violência.

“A violência no namoro acontece quando, no contexto das relações de namoro, um dos parceiros recorre à violência com o objetivo de se colocar numa posição de poder e controlo. Esta violência pode assumir diferentes formas e nenhuma pode ser tolerada”, alerta a APAV.

A APAV está disponível para ajudar através dos seus diferentes serviços, nomeadamente da Linha de Apoio à Vítima 116 006, chamada gratuita e confidencial.