"Apesar da greve convocada pelos sindicatos para este dia 24 de dezembro, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e os seus associados garantem o normal funcionamento dos hipermercados, supermercados e lojas de retalho não alimentar/especializado", refere a associação em comunicado.

A APED relembra que está a decorrer, em sede própria, a negociação dos termos e condições do Contrato Coletivo de Trabalho e lamenta que esta greve "aconteça quando foi já demonstrada de forma ativa a vontade da associação em contribuir para a valorização e dignificação dos colaboradores do setor, tendo já apresentado aos sindicatos soluções concretas ao longo do período de negociação que de resto, ainda está em curso".

“Apesar de reconhecer o direito à greve como ato reivindicativo, sobretudo no momento atual do país, a APED considera que este instrumento, que tem vindo a ser utilizado de forma reiterada por algumas estruturas sindicais que dizem representar os trabalhadores, não contribui para um compromisso dos sindicatos com o diálogo e com os reais interesses dos mais de 120.000 trabalhadores do setor”, afirma o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, citado na nota.

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) tinha dito esperar uma "adesão com expressão significativa" na greve de hoje dos funcionários dos supermercados.

A estrutura sindical, que lançou o pré-aviso de greve para os trabalhadores das empresas de distribuição (super, hipermercados, armazéns e logísticas das empresas de distribuição e lojas especializadas) para o dia de hoje, véspera de Natal, apontou a ausência de acordo nas negociações com a APED como razão para a paralisação.