A reunião da Comissão Política Nacional do PS, que decorreu no Largo do Rato, aprovou as escolhas do líder do PS, Pedro Nuno Santos, para as eleições europeias de 09 de junho, lista da qual não consta qualquer nome que seja atualmente eurodeputado.
De acordo com os números disponibilizados pelo partido, votaram 41 votos a favor, nove contra e quatro abstenções.
Marta Temido, atual deputada e ex-ministra da Saúde em três governos de António Costa, lidera esta lista, seguida por Francisco Assis, atualmente deputado do PS e ex-presidente do Conselho Económico e Social, e por Ana Catarina Mendes, também deputada e ex-ministra.
Segue-se Bruno Gonçalves, secretário-geral dos jovens da Internacional Socialista, e André Rodrigues, deputado do PS na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Em sexto surge Carla Tavares, presidente da Câmara da Amadora e presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, seguida de Isilda Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão e da Associação Nacional de Autarcas do PS.
Sérgio Gonçalves, deputado do PS na Assembleia Legislativa da Madeira e antigo presidente do PS/Madeira, aparece em oitavo lugar e em nono – atualmente o PS tem nove eurodeputados – está Miguel Lemos, atualmente presidente do Conselho de Administração das Águas de Gaia.
A lista de 21 nomes é fechada por João Soares, que já foi ministro, presidente da Câmara de Lisboa e deputado.
Em décimo e 11.º lugares estão os ex-deputados Joana Sá Pereira e Pedro do Carmo.
Segue-se a presidente da JS Braga, Inês João Rodrigues, o presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Jorge Manuel Santos Conde, a ex-deputada Lúcia Silva e o deputado municipal do Entroncamento Mário Balsa.
Inês Pinto, uma jovem mestre em Direito da União Europeia, Francisco Themudo, atual técnico superior na Movijovem, Margarida Cardoso, coordenadora da strutura das Mulheres Socialistas de Seia, Ana Cláudia Moreira, Secretária Nacional da Juventude Socialista para as Autarquias Locais, e Hélio Fazendeiro, líder da bancada do PS da Assembleia Municipal da Covilhã, fecham as escolhas do PS às europeias.
Depois de integrar três executivos de António Costa, Marta Temido apresentou a demissão do cargo de ministra da Saúde em 30 de agosto de 2022 por entender que deixou de ter condições para exercer o mandato.
Após deixar as suas funções governativas, assumiu o seu mandato como deputada, lugar para o qual foi reeleita nas últimas eleições legislativas e que ocupa neste momento.
Na altura da saída, António Costa agradeceu “todo o trabalho desenvolvido” por Marta Temido, “muito em especial no período excecional do combate à pandemia da covid-19”.
Marta Temido iniciou funções como ministra da Saúde em outubro de 2018, sucedendo a Adalberto Campos Fernandes.
Doutorada em Saúde Internacional pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, mestre em Gestão e Economia da Saúde, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a socialista é licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Foi subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa e presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde, assim como membro do conselho de administração de vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Nas últimas europeias, em 2019, o PS ganhou com cerca de 33% dos votos e elegeu nove eurodeputados, tendo apresentado como cabeça de lista o ex-ministro Pedro Marques.
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