A conclusão é fruto de meses de análises aéreas e subaquáticas, após o maior branqueamento registado da história se ter tornado evidente em março, com o aquecimento das águas.

Terry Hughes, diretor do ARC Centro de Excelência de Estudos sobre Recife de Coral na Universidade James Cook, explicou que o aquecimento global está a destruir este local, classificado como Património da Humanidade.

"Descobrimos que, em média, 35% dos corais estão mortos ou a morrer em 84 recifes que analisámos ao longo das secções norte e centro da Grande Barreira de Coral, entre Townsville e Papua Nova Guiné", disse, em comunicado.

"Esta é a terceira vez em 18 anos que a Grande Barreira de Coral vive um branqueamento massivo devido ao aquecimento global, e o que se passa agora é muito mais extremo do que o que medimos anteriormente", explicou.

Foi necessário pelo menos uma década para a recuperação da cobertura dos corais, "mas vai demorar muito mais para recuperar os corais maiores e mais antigos que morreram", indica o comunicado conjunto de três universidades.

Os investigadores da Universidade James Cook já tinham revelado, em abril, que 93% da área de 2.300 quilómetros - o maior ecossistema de corais do mundo - foi afetada pelo fenómeno do branqueamento.

Esta descoloração ocorre em condições ambientais anormais, como aumento da temperatura da água do mar, fazendo os corais expelir pequenas algas fotossintéticas, que lhes retiram a cor.