Os indivíduos e organizações constantes da lista “encontram-se ligados ao Qatar e estão ao serviço de um programa político suspeito do Qatar”, indica uma declaração conjunta da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e do Bahrein – países do Golfo vizinhos do Qatar – e do Egito.
Isto demonstra que o Qatar “afirma, por um lado, lutar contra o terrorismo, mas que, por outro, apoia, financia e abriga organizações terroristas”, referem.
“Os quatro países acordaram catalogar 59 pessoas e 12 entidades”, detalha o comunicado conjunto, em que afirmam que “não pouparão esforços” para as perseguir.
Esta lista contém pelo menos dois nomes já citados internacionalmente como financiadores do terrorismo e contra os quais o Qatar tomou medidas, de acordo com um relatório recente publicado pelo Departamento de Estado norte-americano.
Da lista fazem também parte indivíduos e grupos oriundos do Egito, Bahrein ou da Líbia.
A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito anunciaram sucessivamente na segunda-feira o corte de relações diplomáticas com o Qatar - num gesto seguido depois por outros países como Iémen e Líbia -, acusando-o de “apoiar o terrorismo” e de manter relações próximas com o Irão, num gesto que desencadeou a mais grave crise regional desde a guerra do Golfo, em 1991.
O corte de relações diplomáticas - complementado com uma série de medidas para isolar o país, como encerramento de fronteiras terrestres e do espaço aéreo e marítimo aos meios de transporte do país - culmina anos de tensões na aliança entre os produtores de petróleo do Golfo e reflete uma irritação crescente dos países vizinhos com o apoio do Qatar a organizações que os outros Estados árabes consideram terroristas.
Esses países acusam Doha de ter ligações com “organizações terroristas e grupos sectários que procuram desestabilizar a região, entre os quais a Irmandade Muçulmana, o Daesh (acrónimo árabe do grupo autoproclamado Estado Islâmico) e Al-Qaida”.
O Qatar rejeita as acusações, classificando-as como “calúnias injustificadas”, e garante que “está a lutar contra o terrorismo e o extremismo”, enquanto a comunidade internacional tenta arranjar forma de pôr fim a esta crise diplomática.
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