“Acabei de dar uma volta por grande parte do perímetro do fogo, é desolador aquilo que se vê. O concelho está completamente destruído. É uma imensidão de problemas que aqui temos. Temos 80, 90% do concelho ardido, é esta a realidade, infelizmente”, disse à Lusa.
Apesar do cenário “dramático”, o autarca afirmou esperar uma evolução positiva das chamas durante a madrugada.
“Há aqui um conjunto de situações que ainda estão por resolver. Monte Penedo, Rosmaninhal, Vale de Abelha, Ortiga, Pereiro, ainda carecem de muita atenção. Vamos ver se durante a noite conseguem ficar ultrapassadas”, afirmou.
Várias aldeias tiveram de ser parcialmente evacuadas, explicou. Mais de duas dezenas de “idosos, crianças ou [pessoas] com patologias em que não se aconselhava que estivessem expostas ao fogo” tiveram de deixar as suas casas.
As chamas chegaram mesmo a uma urbanização em Mação, onde queimaram “tudo à volta das habitações”, incluindo espaços verdes e zonas comuns. A zona encontra-se atualmente segura, indicou Vasco Estrela.
Segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o fogo de Mação, no distrito de Santarém, mobilizava, pelas 03:15, 831 operacionais e 249 meios terrestres.
As estradas cortadas ao trânsito são a A23, entre o Nó de Mouriscas e Nó de Gardete, a EN 244-3, entre Louriceira e Serra, a EM 1284 entre Chão Codes e Vila de Rei, a EM 548, entre Chão de Codes e Aboboreira, e os Caminhos Municipais (CM) 1284, 75, e 1285, de acordo com a página da Proteção Civil.
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