“Manifestar ao Governo a exigência desta Assembleia, de que as obras de requalificação e duplicação do IP3 tenham caráter de urgência, de prioridade nacional, tendo em conta o elevado grau de sinistralidade da via, fundamental para a região, sem que existam alternativas viáveis”.

Através da moção, apresentada pela única deputada do Bloco de Esquerda (BE) na Assembleia Municipal de Viseu, Lúcia Vilhena, exige-se ainda ao Governo a apresentação de soluções imediatas para a salvaguarda da existência de bermas de segurança que permitam a circulação de veículos de emergência nos locais com apenas uma via.

A Assembleia exigiu ainda a “apresentação de solução para as partes do traçado que, apesar da intervenção, ainda persistem troços em perfil 1+1 faixas e 1+2 faixas, de forma que a IP3 seja definitivamente com o perfil completo 2+2, que merece”.

Os representantes daquele órgão pediram também a “conclusão do IC12 até à A25, na zona de Mangualde, essencial para uma solução de mobilidade na CIM [Comunidade Intermunicipal] [Viseu] Dão Lafões” cuja via atravessa.

O IC12 liga Canas de Senhorim, em Nelas, a Carregal do Sal e termina na saída do IP3, concelho de Santa Comba Dão, o que totaliza “21 km de estrada construída em perfil 2+2 faixas que iriam ligar à A25 em Mangualde”.

“Os 22 km restantes do trajeto nunca foram construídos. Este itinerário complementar permitiria escoar trânsito, principalmente pesado, do IP3, além de ser uma forma de garantir o direito à mobilidade dentro da CIM da região de Dão-Lafões”.

Lúcia Vilhena exigiu igualmente que a Assembleia deve manifestar ao Governo “a vontade de continuar a ver todas estas soluções livres de portagens” e que o documento seja entregue a todas as entidades, inclusive aos municípios atravessados pelas vias.

A apresentação da moção, que faz uma resenha histórica das duas vias, desde os anos de construção a requalificações e promessas a moções e reivindicações já apresentadas, foi aprovada por unanimidade.

O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, reforçou as críticas ao Governo e admitiu que não sabe “o que é que se pode fazer mais para o problema do IP3 ser resolvido”.

Fernando Ruas, que também preside a CIM Viseu Dão Lafões lamentou a “falta de resposta do ministro para a solução apresentada” pela CIM para a zona de Santa Comba Dão.