Em comunicado hoje divulgado, a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável justifica “tratar-se de uma infraestrutura necessária para o processo de desmantelamento da central, um passo defendido há muitos anos pelo movimento ambientalista dos dois lados da fronteira”.
Anteriormente, a Zero tinha discordado da construção deste armazém porque “se baseava na premissa da extensão do período de laboração da central”.
Apesar do parecer favorável agora dado à proposta cuja consulta pública termina hoje, a Zero faz “algumas recomendações” para “assegurar a minimização possível dos riscos que atividades que envolvem o manuseamento e armazenamento de resíduos resultantes do desmantelamento de uma central nuclear acarretam”.
Entre as recomendações incluem-se inspeções técnicas à construção do armazém e o acompanhamento do processo por parte de Portugal, nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente “deve ser informada permanentemente pelo Conselho de Segurança Nuclear” espanhol “sobre todos os assuntos que possam resultar em impactos transfronteiriços”.
Espanha prevê encerrar um dos reatores da central de Almaraz em novembro de 2027 e o outro em outubro de 2028. A central começou a funcionar na década de 1980.
Segundo Espanha, o novo armazém não terá impacto sobre Portugal, tendo sido avaliados como “não significativos” todos os potenciais efeitos transfronteiriços “não radiológicos” identificados.
As autoridades espanholas consideram ainda como “totalmente insignificante” para Portugal a possível “irradiação externa dos trabalhadores e do público que se encontre nas proximidades”.
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