Os resultados da "análise primária dos ensaios de fase III [da vacina] nos Estados Unidos confirmaram que (sua) eficácia era consistente" com os dados anunciados na segunda-feira, disse a AstraZeneca em comunicado.
O laboratório também indicou que a eficácia da vacina era de 100% na prevenção de casos graves de covid-19, número semelhante ao anunciado anteriormente.
A AstraZeneca comprometeu-se na terça-feira a fornecer dados recentes dentro de 48 horas ao regulador dos EUA que supervisiona esses estudos clínicos, que criticou os dados potencialmente "desatualizados" da vacina anticovid, anunciada, anteriormente, como tendo 79% de eficácia na prevenção de casos sintomáticos, e agora com eficácia atualizada, mais baixa, de 76%.
Usada por muitos países, incluindo a União Europeia, a vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford ainda não foi aprovada nos Estados Unidos, onde as autoridades solicitaram mais dados sobre os ensaios de fase III conduzidos no seu território.
Após a publicação dos resultados desses testes na segunda-feira, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), que supervisiona os testes clínicos de vacinas nos Estados Unidos, expressou "preocupação" de que o laboratório pudesse ter usado informações desatualizadas nos seus ensaios.
Isso poderia, de acordo com o NIAID, levar a uma "estimativa incompleta da eficácia" da vacina.
No âmbito da operação "Warp Speed", lançada na primavera de 2020 pela administração Trump para apoiar o desenvolvimento de uma vacina contra covid-19, um pedido de compra de 300 milhões de doses foi entregue à AstraZeneca, muito mais alto do que os pedidos inicialmente feitos para Pfizer/BioNTech, Moderna ou Johnson & Johnson (100 milhões cada), as três vacinas atualmente licenciadas nos Estados Unidos.
Novos contratos foram feitos a partir daí para que os Estados Unidos recebam doses suficientes das três vacinas para imunizar todos os adultos do país até o final de maio, prometeu o governo do presidente Joe Biden.
Neste mês, vários países suspenderam o uso da vacina AstraZeneca por medo de que ela causasse coágulos sanguíneos, às vezes fatais. Na última quinta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) considerou, porém, a vacina "segura e eficaz" e seu uso foi retomado em alguns países.
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