"O número de mortos é agora de 90 a 100 e há dezenas de feridos adicionais" na escola Al-Tabai'een, no setor Al-Sahaba na cidade de Gaza, disse à agência de notícias France--Presse (AFP) o porta-voz da Proteção Civil, Mahmoud Basal.
Inicialmente, Basal tinha anunciado, na plataforma de mensagens Telegram, que o ataque israelita tinha deixado "40 mártires e dezenas de feridos".
Na plataforma de mensagens Telegram, Bassal descreveu um “massacre atroz”, mencionando corpos em chamas.
“As equipas estão a tentar conter o fogo, encontrar os corpos dos mártires e resgatar os feridos”, acrescentou.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram ter “atacado com precisão os terroristas do Hamas que operavam dentro de um centro de comando e controlo do Hamas localizado na escola Al-Tabai’een”.
No domingo passado, a Proteção Civil do enclave disse que pelo menos 30 pessoas tinham morrido e dezenas feridas em ataques israelitas distintos a duas escolas na cidade de Gaza, no norte da Faixa.
“Com estes dois novos massacres, o Exército de ocupação bombardeou e atacou 172 abrigos habitados por dezenas de milhares de pessoas deslocadas desde o início da guerra genocida”, afirmaram as autoridades do Hamas.
O grupo islamita assegurou na altura que pelo menos 1.040 pessoas tinham morrido em ataques israelitas a escolas, o refúgio habitual de milhares de palestinianos forçados a abandonar as suas casas desde o início da guerra.
As IDF confirmaram no domingo ter atacado a escola Hasan Salame, no oeste da capital de Gaza, assim como a escola Naser, também localizada na cidade de Gaza, por serem dois “centros de comando” utilizados por militantes palestinianos.
Um dia antes, sob o mesmo pretexto, o Exército israelita tinha atacado já a escola Hamama, na cidade de Gaza, onde se refugiavam dezenas de deslocados, matando 16 pessoas, segundo as autoridades da Faixa.
O Hamas lançou em 07 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.
Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.
Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
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