Os meios de comunicação social palestinianos pró-Hamas noticiaram que o ataque aéreo matou Bardaweel, que é membro do gabinete político do grupo, e também vitimou a mulher deste.

Israel retomou na terça-feira os ataques à Faixa de Gaza, culpando o Hamas ao abandonar um acordo de cessar-fogo que entrou em vigor a 19 de janeiro.

Dois hospitais no sul da Faixa de Gaza disseram ter recebido durante a madrugada 17 vítimas mortais dos ataques israelitas realizados no Sul de Gaza, incluindo várias mulheres e crianças.

O Hospital Europeu disse que entre as vítimas estão cinco crianças e os pais, mortos num ataque em Khan Younis.

Outra família — duas raparigas e os pais — morreu num ataque separado, também contra a mesma cidade do sul do enclave.

O Hospital do Kuwait disse ter recebido os corpos de uma mulher e uma criança mortas noutro ataque.

Entretanto, exército israelita anunciou hoje ter intercetado um míssil vindo do Iémen, depois de terem soado sirenes de alerta em várias regiões do país.

“Após as sirenes que soaram recentemente em várias zonas de Israel, um míssil lançado do Iémen foi intercetado pela [Força Aérea israelita] antes de entrar em território israelita”, disseram as forças armadas na plataforma de mensagens Telegram.

O exército disse que não houve registo de vítimas ou danos materiais.

Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão e aliados do Hamas, têm lançado vários mísseis contra Israel desde que o país quebrou um cessar-fogo com o Hamas, na terça-feira, ao retomar o bombardeamento da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem repetidamente afirmado que o principal objetivo da guerra em Gaza é destruir o Hamas como entidade militar e governamental.

Declarou também que o objetivo da nova ofensiva é obrigar o movimento islamita palestiniano a entregar os reféns que ainda mantém em cativeiro desde o ataque perpetrado em território israelita a 07 de outubro de 2023, que se saldou num total de cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 sequestrados.

O chefe do Governo ‘de facto’ do Hamas, Essam Addalees, e o chefe da segurança interna, Mahmud Abu Watfa, foram algumas das figuras de topo do movimento abatidas nos ataques israelitas de terça-feira, além de vários outros responsáveis.

No enclave palestiniano, pelo menos 400 pessoas, metade das quais mulheres e crianças, foram mortas logo na terça-feira em que foi retomada a guerra em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, que a ONU costuma considerar fidedignos e que vêm somar-se às mais de 49 mil vítimas mortais feitas naquele território pelas forças israelitas desde 07 de outubro de 2023, quando Israel iniciou a sua retaliação.