O balanço anterior dos ataques - realizados pela coligação liderada pela Arábia Saudita - davam conta de 12 mortos e 80 feridos. A instalação visada era um campo de prisioneiros controlada pelos rebeldes Houthis em Sanaa.
Na atualização dos dados, a cadeia de televisão Al-Massira, controlada pelos rebeldes, não precisou quantos rebeldes e quantos prisioneiros tinham morrido no ataque. No balanço anterior a Al-Massira noticiou que apenas prisioneiros tinham morrido nos raides.
O campo - gerido pela polícia militar, subordinada aos rebeldes - foi alvo de sete ataques aéreos.
Um fotógrafo da France-Presse que se deslocou ao local reportou ter visto edifícios e veículos danificados. Um dos guardas precisou que os ataques começaram à 01:00 (04:00 em Lisboa).
Segundo a mesma fonte, o primeiro ataque atingiu uma ala do campo onde se encontravam prisioneiros - vários dos quais tentaram fugir.
A cadeia Al-Massira adiantou que o campo albergava 180 detidos, feitos prisioneiros - na sua maioria - nas várias "frentes de guerra" no Iémen.
No domingo, pelo menos 26 rebeldes Houthis foram mortos em ataques aéreos atribuídos à coligação sob comando saudita, dirigidos contra um campo de treino na província de Hajjah (noroeste).
A coligação liderada por Riade começou a intervir no Iémen em março de 2015, para conter o avanço dos Houthis, apoiados pelo Irão. Os rebeldes já tinham conquistado várias regiões do país, incluindo a capital, Sanaa, cidade que ainda controlam.
A guerra no Iémen já fez mais de 8.750 mortos e 50 mil feridos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
As Nações Unidas consideram que o Iémen é, atualmente, a "pior crise humanitária do Mundo".
Na segunda-feira, o coordenador humanitário da ONU no Iémen, Jamie McGoldrick, declarou que 8,4 milhões de pessoas naquele país estão à beira da fome.
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