Entre as vítimas mortais do ataque contra o templo Muhammad Ali, localizado na província de Punyab, há quatro mulheres, segundo a polícia, que prendeu três suspeitos, entre eles o guardião do templo.
"Abdul Waheed, guardião do templo, de 50 anos, confessou ter assassinado estas pessoas, já que temia que viessem matá-lo", disse à AFP o comandante da polícia regional, Zulfiqar Hameed.
"O suspeito parecia ter sintomas psicóticos e paranoicos, ou poderia estar relacionado com grupos rivais pelo controlo do templo", acrescentou o funcionário.
O responsável do quartel da polícia local, Shamshir Joya, disse que, ao que parece, as vítimas, encontradas com a roupa destruída e manchada de sangue, foram intoxicadas. "Suspeitamos que tenham dado alguma droga antes de matá-los, mas vamos aguardar pelo relatório forense para confirmar esta hipótese", declarou.
Waheed, que foi funcionário da comissão eleitoral paquistanesa, substituiu o guardião anterior após a sua morte.
O chefe do governo regional de Punyab, Shahbaz Sharif, pediu que lhe entregassem em menos de 24 horas um relatório sobre a investigação, informou um funcionário do governo.
No Paquistão há centenas de anos, o sufismo, um ramo místico do Islão, tem sido alvo de ataques violentos nos últimos meses.
A 16 de fevereiro deste ano, um atentado suicida contra um templo sufista no sul do Paquistão causou a morte a 76 pessoas e mais de 210 pessoas ficaram feridas. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado suicida, através da sua agência de notícias Aamaq.
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