Segundo o relatório, publicado semanalmente, às quintas-feiras, a taxa de incidência registada, entre 02 e 08 de janeiro, foi de 82,4 casos por cem mil habitantes, o que indica “uma atividade gripal de intensidade moderada, com tendência estável”.

Na semana anterior, de 26 de dezembro a 01 de janeiro, a taxa de incidência verificada foi inferior, de 63,8 casos por cem mil habitantes, mas, ainda assim, apontava para uma atividade gripal moderada, com tendência estável.

Tal como na última semana de dezembro, na primeira semana de janeiro a mortalidade “por todas as causas” teve valores “acima do esperado”.

Há uma semana, a responsável pela Rede Médicos-Sentinela, Ana Paula Rodrigues, indicou que a epidemia da gripe, provocada pelo vírus A (H3), e o frio, mais acentuado do que o habitual, contribuíram para a mortalidade ser maior do que o esperado.

Entre 02 e 08 de janeiro, o valor médio da temperatura mínima do ar foi 5,4ºC, “superior ao normal para janeiro”.

Contudo, para a semana em curso e a próxima estão previstas temperaturas médias abaixo do normal, ressalva o boletim.

Desde que começou a época gripal – que vai de outubro a maio – morreram 11 pessoas entre as 95 admitidas com gripe em unidades de cuidados intensivos dos hospitais que reportaram a informação. A maior parte dos doentes internados tinha mais de 64 anos e uma patologia crónica, e apenas 24 estavam vacinados. O vírus predominante foi o A (H3).

Na semana passada, foram reportados 14 novos casos de gripe pelas unidades de cuidados intensivos hospitalares, mas nenhum óbito.