Laurinda Gouveia foi detida na sequência da tentativa de uma marcha pela liberdade de expressão e liberdade de presos políticos em Angola, em protesto à detenção de alguns ativistas e uma influenciadora digital, tendo como ponto de chegada o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, ato que contou com a presença de quatro pessoas.
Zola Bambi frisou que além de Laurinda Gouveia foi também julgado o seu marido, igualmente absolvido, que a acompanhava na referida marcha e foi levado para uma esquadra de polícia.
O advogado afirmou que não conseguiu fazer a defesa de Laurinda Gouveia, cujo julgamento terminou às 23:00 de sexta-feira, porque na manhã desse dia teve na sua residência a presença de um aparato policial, que o levou para uma esquadra, onde abordaram questões que não tinham nada a ver com os acontecimentos, o que considerou “artimanhas”.
Zola Bambi manifestou-se “muito apreensivo” com a situação, considerando anormal a presença de sete agentes da polícia, entre agentes de investigação criminal, ordem pública e “à paisana” na sua residência, para depois “não se falar de questões criminais”.
O advogado avançou que foi libertado apenas quando já se tinha iniciado o julgamento da ativista.
De acordo com o causídico, o grupo obedeceu à ordem de dispersão dada pela polícia e a ativista foi detida quando já caminhava em direção à paragem de táxi, tendo passado a noite numa esquadra.
“A criança [filho do casal] também dormiu na esquadra, só não viram com quem nem como, e só tiveram acesso ao rapaz no dia seguinte”, contou o advogado.
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