A iniciativa de arte aérea tem como objetivo alertar para os perigos da prospeção e exploração de petróleo e gás em Portugal e também das monoculturas de eucaliptos que alimentam os fogos florestais, refere a organização em comunicado.
Sob a direção de John Quigley, ambientalista norte-americano e artista de arte aérea, "os participantes utilizarão os seus corpos para desenhar uma enorme mensagem na praia, registada por drones equipados com material de filmagem".
A iniciativa reúne a associação ambientalista Climaximo, a Associação de Surf e Atividades Marinhas do Algarve (ASMAA), a Câmara de Aljezur, em cuja costa está previsto um furo petrolífero, o centro Tamera e ainda o Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), entre outras organizações.
O centro Tamera, em Colos, no concelho de Odemira, propriedade onde vivem e trabalham 170 pessoas, promete levar ao evento 200 pessoas de diferentes nacionalidades, que estão atualmente a participar no encontro internacional “Defender o Sagrado".
Além da arte aérea, o evento conta ainda com danças e intervenções de LaDonna Bravebull, iniciadora do movimento indígena em Standing Rock, nos Estados Unidos.
Haverá ainda intervenções de José Amarelinho, presidente da Câmara de Aljezur, Laurinda Seabra, diretora da ASMAA, de John Quigley, de Sabine Lichtenfels, co-fundadora de Tamera e de Martin Winiecki, diretor do Instituto pela Paz Global em Tamera.
O PAN levará à praia de Odeceixe os comissários políticos nacionais Francisco Guerreiro e Sandra Marques, por considerar que é necessária "uma posição definitiva por parte do Governo sobre esta matéria, até por uma questão de alinhamento de políticas internacionais que alertam para os impactos" da exploração de hidrocarbonetos.
“O PAN já apresentou uma proposta de lei para revogar a possibilidade de prospeção e exploração de concessões petrolíferas no país, porém, esta foi rejeitada por todos os partidos, tendo as abstenções do BE e do PEV”, relembra, citado em comunicado, o porta-voz do partido, Francisco Guerreiro.
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