Luís Montenegro

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, condenou hoje o “ato inaceitável e bárbaro de violência política” contra o seu homólogo eslovaco, Robert Fico, ferido num tiroteio, e desejou o seu “total restabelecimento”.

“Em nome de Portugal e em meu nome, expresso toda a solidariedade ao meu colega Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, desejando o seu total restabelecimento. Condenamos com toda a veemência este ato inaceitável e bárbaro de violência política”, lê-se numa mensagem divulgada na conta oficial de Luís Montenegro na rede social X (antigo Twitter).

Pouco depois, no arranque do debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República, Luís Montenegro iniciou seu o discurso endereçando, em nome do Governo, uma “palavra de solidariedade” a Robert Fico, afirmando que foi “alvo de um atentado”.

Queria “deixar nota de uma profunda e veemente condenação por este ato hostil aos valores da democracia e do exercício de funções políticas. Esperamos todos que possa ter um pronto restabelecimento”, disse, sendo aplaudido pelo hemiciclo.

Von der Leyen

"Condeno veementemente o vil ataque ao primeiro-ministro Robert Fico. Tais atos de violência não têm lugar na nossa sociedade e comprometem a democracia, o nosso bem comum mais precioso. Os meus pensamentos estão com o PM Fico e com a sua família", escreveu nas redes sociais a presidente da Comissão Europeia.

Peter Pellegrini

"Uma tentativa de assassínio do primeiro-ministro é uma ameaça a tudo o que adornou a democracia eslovaca até agora", escreveu no X o ex-primeiro-ministro da Eslováquia.

"Estou horrorizado com o destino a que o ódio contra outra opinião política pode levar. Não temos de concordar em tudo, mas há muitas formas de expressar o nosso desacordo de forma democrática e legal", acentuou.

Zelensky

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu o ataque como "terrível".

"Condenamos veementemente este ato de violência contra o chefe de governo do nosso Estado parceiro vizinho. Devem ser feitos todos os esforços para garantir que a violência não se torne a norma em qualquer país. Esperamos sinceramente que Robert Fico recupere rapidamente e expressamos a nossa solidariedade ao povo da Eslováquia", pode ler-se.

Zuzana Caputova

A presidente da Eslováquia Zuzana Caputova, uma rival política de Robert Fico, considerou hoje que a tentativa de assassínio do primeiro-ministro constitui “um ataque à democracia”.

"Desejo-lhe muita força neste momento crítico e rápida recuperação. Os meus pensamentos também estão com a sua família e pessoas próximas", escreveu no X.

Giorgia Meloni

A chefe dos governo de Itália, Giorgia Meloni, manifestou-se hoje perturbada com o atentado contra o homólogo eslovaco, Robert Fico, e alertou que a violência não tem lugar na política e na democracia.

Roberta Metsola

A Presidente Roberta Metsola reagiu, em nome do Parlamento Europeu, revelando-se chocada pelo ataque.

Zuzana Caputova

A Presidente da Eslováquia falou num "ataque à democracia" e prometeu dar novidades sobre os desenvolvimentos da investigação.

Joe Biden

O presidente dos EUA, Joe Biden, também divulgou um comunicado no qual disse estar “alarmado” ao ouvir relatos de um ataque a Robert Fico.

Biden disse que ele e a sua esposa, Jill, estão a rezar pela rápida recuperação de Fico e que os seus pensamentos estão com a família do primeiro-ministro eslovaco e do povo da Eslováquia.

"Condenamos este horrível ato de violência. A nossa embaixada está em estreito contato com o governo da Eslováquia e pronta para ajudar".

O que aconteceu?

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, ficou ferido num tiroteio em Handlova, a cerca de 150 quilómetros da capital, e foi levado para o hospital, segundo a imprensa local.

A estação de televisão TA3 informou que um suspeito foi detido, enquanto a agência noticiosa eslovaca TASR avançou que o vice-presidente do Parlamento, Lubos Blaha, confirmou o incidente.

Blaha falava numa sessão do Parlamento, cujo funcionamento está suspenso até ordem em contrário.

O tiroteio teve lugar em frente à Casa da Cultura local, onde o primeiro-ministro se encontrava com os seus apoiantes. A polícia isolou o local.

Um repórter do jornal diário Dennik N daily ouviu tiros e depois viu os socorristas a transportar o primeiro-ministro para um carro.