Na terça-feira, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico que sobrevoou o Japão antes de cair no oceano Pacífico.

Logo no mesmo dia, o MNE já tinha condenado – em nome do Governo português - o lançamento do míssil, considerando tratar-se de "mais uma flagrante violação" de diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e afirmando que tal atitude compromete "a segurança regional e internacional".

Na madrugada de hoje, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou por unanimidade – ou seja, incluindo a China - o lançamento do míssil balístico. Outros membros do Conselho de Segurança, como o Reino Unido, exortaram a China a aumentar a pressão sobre Pyongyang.

Em declarações à Lusa, Augusto Santos Silva concorda que a China (mas também os Estados Unidos) devem redobrar esforços.

“Tem que haver uma intervenção da China que ajude a resolver a questão. Todas as partes mais diretamente interessadas, designadamente os Estados Unidos e a China, têm de agir no sentido de facilitar uma solução político-diplomática para este problema”, afirmou o MNE à agência Lusa.

Augusto Santos Silva reiterou que o Governo português “condena vivamente” a iniciativa da Coreia do Norte, tal como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o fez no decorrer de uma visita à Lituânia.

“O MNE, em comunicado, e o Presidente, na Lituânia, condenámos energicamente mais esta iniciativa ilegal e inaceitável da Coreia do Norte”, disse o chefe da diplomacia portuguesa.

“É muito preocupante do ponto de vista das questões de segurança regional e também da segurança internacional e subscrevemos e apoiamos as sanções que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou e que estão em execução contra a Coreia do Norte. Nenhuma dúvida sobre isso”, concluiu.

O disparo de mais um míssil norte-coreano foi noticiado quando Augusto Santos Silva estava em visita oficial à República Checa, onde participou como conferencista no seminário diplomático checo e manteve encontros com o seu homólogo, Lubomír Zaorálek, e com o primeiro-ministro checo, Bohuslav Sobotka.

“As relações económicas entre Portugal e a República Checa podem desenvolver-se muito mais”, disse o ministro, recordando que os dois países – que têm populações e territórios de dimensão semelhante - têm interesses comuns.

“A República Checa é o 18.º maior parceiro comercial de Portugal, mas neste primeiro semestre de 2017 as exportações portuguesas para a República Checa subiram significativamente. Sobretudo tem subido a procura turística originária na República Checa, dirigida para a Madeira”, disse Augusto Santos Silva.

Da conversa com empresários de ambos os países, o ministro destacou que existem quatro áreas nas quais os dois países podem aprofundar parcerias: turismo, indústria automóvel, investimento imobiliário e investimento em "start-ups".