Em comunicado, a APAV indica que apesar de a prevalência do crime de violência doméstica ser muito superior sobre as mulheres, os homens também são vítimas deste crime.

Se é vítima de violência doméstica ou conhece alguém que seja, as seguintes linhas de apoio podem ajudar

APAV | Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

tel. 116 006 (telefonema gratuito, das 08h00 às 2h00)

Guarda Nacional Republicana (GNR)

A Plataforma SMS Segurança foi desenvolvida para dar resposta quer a pessoas surdas ou portadoras de deficiência auditiva como para situações de urgência em que o tradicional canal de voz não seja o mais adequado:  tel. 961 010 200

Centro de Saúde ou Hospital da zona de Residência (Portal da Saúde)

SNS 24 (808 24 24 24), disponível todos os dias, 24 horas por dia

Número Nacional de Socorro (112)

Linha Nacional de Emergência Social (tel. 144, disponível todos os dias, 24 horas por dia)

Linha da Segurança Social (tel. 300 502 502)

A maior parte das vítimas apoiadas pela APAV entre 2021 e 2023 era do sexo feminino, 25.240 correspondendo a 81,1% do total.

Dos 5.146 crimes de violência doméstica praticados contra homens adultos, o mais expressivo foi a ameaça/coação com 1.661 (32,3%), seguindo-se das injúrias/difamação com 1.465 e dos maus tratos físicos com 1.368.

De acordo com os dados, 25,7% das vítimas tem 65 ou mais anos de idade, sendo 85% de nacionalidade portuguesa, com a maioria a residir no distrito de Faro (22,4%).

Em 20,4% dos casos a vítima é cônjuge do autor ou autora, que em 50,3% das situações são mulheres entre os 35 e os 45 anos.

Mais de 50% dos homens foram alvo de vitimização continuada (54,2%), estando nessa situação entre dois a seis anos (30%), tendo as agressões ocorrido em 61% dos casos na residência.

Segundo a APAV, os homens vítimas de violência doméstica podem ser alvo de comportamentos de controlo, agressões físicas e psicológicas.

“O medo e a vergonha surgem como a principal barreira ao primeiro pedido de ajuda. O receio do descrédito e da humilhação, que pode, muitas vezes, surgir de familiares, amigos e até mesmo instituições policiais e judiciárias, impede a decisão da denúncia da vitimação”, refere a APAV.

Nestes três anos, o número de vítimas de violência doméstica apoiadas pela APAV aumentou 22,9%, perfazendo um total de 31.117 vítimas, sendo a maioria (81,1%) do sexo feminino.

Entre 2021 e 2023, chegaram ao conhecimento da APAV um total de 64.899 crimes de violência doméstica, sendo os comportamentos violentos mais frequentes a ameaça ou coação (19.335), os maus tratos físicos (16.926), a injúria ou difamação (16.142) e a perseguição (3.952).