A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong, disse que sanções económicas serão impostas contra três iranianos e uma empresa envolvida no fornecimento à Rússia de drones usados para atacar civis e infraestrutura crítica na Ucrânia.

“O fornecimento de drones à Rússia é prova do papel que o Irão desempenha na desestabilização da segurança global. Esta lista sublinha que aqueles que fornecem apoio material à Rússia enfrentarão consequências”, disse Wong em comunicado.

O governo de Camberra também anunciou sanções contra sete outros indivíduos ligados a Moscovo por participarem na tentativa de assassínio do líder da oposição Alexei Navalny, que sobreviveu a um envenenamento em agosto de 2020.

Outras sanções contra Teerão incluem a polícia da moralidade e seis cidadãos iranianos envolvidos na repressão violenta da onda de protestos após a morte em setembro de Mahsa Amini, de 22 anos, que tinha sido detida pela polícia da moralidade.

“Estas sanções são direcionadas a situações graves de direitos humanos nas quais os perpetradores continuam a agir impunemente”, diz Wong, que destacou o compromisso da Austrália de responsabilizar os sancionados.

A Austrália, um dos países não pertencentes à NATO que mais contribuiu com ajuda militar à Ucrânia, tomou inúmeras medidas contra a Rússia, incluindo a imposição de sanções a centenas de indivíduos e entidades ligados à guerra.

Na sexta-feira, o Canadá anunciou sanções a 55 pessoas e seis entidades por “violações grosseiras e sistémicas” dos direitos humanos na Rússia e Irão.

Só os países da União Europeia já congelaram 18,9 mil milhões de euros em ativos de oligarcas e entidades russas alvo de sanções em resposta à guerra na Ucrânia, segundo dados da Comissão Europeia revelados na sexta-feira.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, avançou em 30 de novembro que Portugal tem cerca de 18 milhões de euros em bens congelados de pessoas na lista de sanções da UE aplicadas devido ao conflito na Ucrânia.

Também na sexta-feira, a presidência norte-americana denunciou o reforço de uma “parceria militar em larga escala” entre Moscovo e Teerão, que em breve poderá permitir aos dois países fabricarem conjuntamente ‘drones’.

A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, lançada a 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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