“À meia-noite de 16 de junho será levantada a exigência de apresentar um teste negativo ou de se submeter a uma quarentena de duas semanas para os cidadãos que entram na Áustria provenientes de um total de 31 países”, afirmou Alexander Schallenberg, numa conferência de imprensa.
A medida abrange todos os parceiros da União Europeia (UE) e da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), exceto a Suécia, o Reino Unido, Portugal e Espanha.
Em relação a Espanha, a manutenção das restrições deve-se ao facto de este país manter as fronteiras fechadas até 01 de julho.
O Governo austríaco tinha anunciado anteriormente a abertura das suas fronteiras com a Croácia e todos os seus vizinhos, com exceção da Itália, até meados deste mês.
Hoje decidiu permitir viagens para o sul de Itália sem restrições, mantendo simultaneamente um “alerta” para a região da Lombardia.
“Este não é o último passo, queremos voltar à liberdade total de viajar”, disse o ministro numa conferência de imprensa televisiva.
No que respeita à Espanha, o diplomata austríaco indicou que, em princípio, o plano é agir de forma recíproca, ou seja, levantar as restrições quando o país ibérico também o faz.
“A própria Espanha anunciou que vai manter as suas fronteiras fechadas até 01 de julho. Estamos a reagir a uma medida tomada por outro país. É assim com a liberdade de viajar. Pode-se dizer que são precisos dois para dançar o tango”, acrescentou.
“A mensagem do nosso lado é que será resolvido assim que a Espanha [o fizer]”, referiu o chefe da diplomacia austríaca, que estava confiante de que não haverá problemas, se a atual situação epidemiológica em Espanha continuar.
E acrescentou: “Vamos analisar a questão mais de perto, mas, de acordo com a avaliação atual, podemos abrir (as fronteiras) se a Espanha der esse passo em 01 de julho”.
No entanto, neste momento não é claro quando será possível dar o mesmo passo com a Suécia, o Reino Unido e Portugal, onde a taxa de propagação do coronavírus “neste momento não permite uma abertura”.
Ao tomar estas decisões, o Governo austríaco considera como “o principal parâmetro” que o número de infeções diárias num país não exceda 10 por 100.000 habitantes, afirmou o ministro da Saúde, Rudolf Anschober.
Desde o primeiro surto de covid-19, em março, a República Alpina contabilizou 17.005 infeções de coronavírus, com 26 novos casos nas últimas 24 horas, o que reflete um fator de reprodução diária de 0,2%.
Até agora, 673 pessoas morreram da doença, enquanto 15.910 doentes recuperaram.
Em todo o mundo, a pandemia de covid-19 casou pelo menos 411.588 mortes desde que surgiu o novo coronavírus, em dezembro, na China.
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