“Esta é uma excelente novidade”, disse João Azevedo à agência Lusa, revelando que essa garantia lhe foi hoje comunicada pelo executivo de António Costa, na sequência de negociações que decorriam desde a semana passada entre a autarquia, a PSA e os ministérios da Economia e do Planeamento e das Infraestruturas.
O furgão comercial ligeiro, denominado atualmente pelo nome de código K9, que será produzido pela PSA (Peugeot, Citroen, DS e Opel) na fábrica de Mangualde, distrito de Viseu, e as viaturas com idênticas características de outras marcas “irão contar como classe 1 e pagar menos” de portagem ainda em 2018, adiantou o autarca.
O socialista João Azevedo, que no dia 17 de janeiro foi reconduzido no cargo de presidente do Conselho Regional do Centro, salientou que tal medida deverá entrar em vigor no primeiro semestre deste ano.
“Esta é uma decisão favorável às marcas, mas também uma boa novidade para as famílias que viajam neste tipo de veículos”, fabricados em Portugal ou noutros países, a qual “também se reflete no emprego e na economia”, acrescentou.
O grupo automóvel PSA alertou hoje, em conferência de imprensa, em Lisboa, que se o modelo de pagamento das portagens se mantiver anexado à altura dos veículos poderá estar em causa o investimento na fábrica de Mangualde.
Alfredo Amaral, diretor-geral da PSA para o comércio em Portugal, explicou que o futuro furgão comercial poderá chegar a um máximo de produção de 100 mil veículos anualmente, dos quais 20% no âmbito nacional, em 2019.
Com o modelo atual de portagens, esta viatura, por ter mais de 1,10 metros de altura, será incluída na classe dois e assim pagará mais pelas portagens.
Por isso, segundo Alfredo Amaral, a PSA não iria vender o veículo em Portugal.
Quando questionado sobre se esta situação coloca em perigo o investimento na fábrica de Mangualde, o mesmo responsável respondeu afirmativamente.
“Não queremos nenhuma exceção, queremos é que a regulamentação mude”, afirmou.
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