Uma das enfermeiras, Isabel Telo, falou aos jornalistas sobre o "desencanto" que os profissionais do setor sentem para com o Governo.
"Somos aqueles que são menos desejados no Serviço Nacional de Saúde", sustentou a enfermeira, que trabalha em Portalegre, onde hoje o PS organiza um comício com a presença do seu líder, também chefe do Governo, António Costa.
O secretário-geral do PS chegou ao recinto do comício autárquico cerca das 19:50, não se tendo cruzado, na chegada, com os profissionais da enfermagem em protesto.
Há cerca de um mês que os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia estão num protesto que tem afetado várias atividades, como os blocos de parto, tendo na semana passada decorrido uma greve de cinco dias de todos os enfermeiros, que exigem uma revisão da sua carreira.
O protesto dos enfermeiros especialistas que agora decorre há quase um mês tinha ocorrido já durante quase todo o mês de julho, tendo sido interrompido para negociações com o executivo.
A 24 de agosto, os profissionais especialistas retomaram o protesto por "falta de resposta política do Governo", segundo o movimento destes profissionais.
Consultas de vigilância da gravidez, blocos de partos, internamentos de alto risco, interrupção voluntária da gravidez ou cursos de preparação para a parentalidade são algumas das funções específicas destes profissionais que são afetadas no protesto.
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