“Concordamos com estas propostas, só pecam por tardias”, afirmou João Cotrim de Figueiredo em relação à possibilidade de se levantar o uso obrigatório de máscara vigente para determinadas situações, o fim da exigência de certificado digital ou o fim da lotação de espaços.

“Já exigíamos que estas medidas fossem levantadas há mais tempo. Achamos que, do ponto de vista científico, já havia condições para o fazer. E tivemos também a intuição de dizer que tomar uma decisão destas em cima das eleições autárquicas não tinha outra leitura que não fosse a de tirar vantagens eleitorais”, acrescentou.

À margem de uma ação de campanha autárquica em Lisboa, o líder da IL acusou o Partido Socialista de desenvolver uma “narrativa da libertação” e considerou “absolutamente inadmissível” o PS “querer de repente aparecer como partido da libertação quando foi responsável durante ano e meio por medidas restritivas, e uma boa parte delas ineficazes”.

A confirmarem-se as estas decisões após a reunião da tarde de hoje no Infarmed, em Lisboa, Cotrim de Figueiredo disse que são de saudar, porque é necessário “voltar a uma normalidade a nível económico e social”, e sublinhou que “nem as máscaras nem os certificados digitais” podem ficar a fazer parte do “panorama normal”, numa altura em que Portugal tem 85% da população vacinada contra a covid-19.

O deputado liberal disse ainda que “os responsáveis da propaganda do Governo puseram a circular a ideia de que iam finalmente dar um papel central à liberdade individual nestas escolhas” e considerou que isso “implica que a informação que é dada por parte das autoridades de saúde seja muito mais concreta”, sobre os riscos quer da covid-19, quer de todas as outras doenças respiratórias.

Questionado sobre a queixa feita pelo eurodeputado social-democrata Paulo Rangel no Parlamento Europeu de que o primeiro-ministro, António Costa, está a utilizar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) como arma de campanha eleitoral, Cotrim de Figueiredo manifestou-se “perfeitamente de acordo” na matéria de fundo, mas discordou da forma, considerando que “é um tema político, que deve ser dirimido na arena política”

“É inaceitável que o primeiro-ministro venha sequer dar a entender que há vantagem em votar em candidatos socialistas porque isso da maior proximidade ao poder e a este autentico bodo aos pobres em que se está a tornar o PRR”, completou.

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