O líder centrista cumpriu hoje a primeira de três passagens em Oliveira do Hospital, município no qual é cabeça de lista à Assembleia Municipal.
Em terra presidida desde 2009 pelo PS, partido que em 2017 alcançou 68,99% dos votos, conseguindo seis dos sete mandatos, (o outro é do PSD), o desafio para a coligação PSD/CDS é difícil e o centrista sabe-o.
Em declarações aos jornalistas no final da arruada na freguesia de Nogueira do Cravo, onde ainda residem os seus avós, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que “o que normalmente as lideranças dos partidos fazem em alturas de eleições autárquicas é escolher um sítio confortável para serem candidatos”, mas no seu caso assumiu esse “desafio numa terra onde o PS tem atualmente uma maioria absoluta esmagadora”.
“Oliveira do Hospital é a minha terra e eu avancei com esta candidatura à presidência da Assembleia Municipal por amor, por gratidão também a tudo aquilo que esta terra me deu na formação do meu caráter e da pessoa que sou, mas também em homenagem aos meus avós e aos meus bisavós e aos meus pais que aqui cresceram, aqui viveram, e que sempre me incutiram este sentido de serviço ao nosso cantinho”, confidenciou.
Quanto ao resultado no dia 26, o presidente do CDS disse estar convencido de que a coligação sairá “vitoriosa porque os 12 anos de PS em Oliveira do Hospital conduziram à estagnação deste concelho”, e de que será “certamente eleito”.
“Agora eu também tenho noção do cenário que decidi defrontar, que é adverso, mas eu tenho a ambição de podermos vencer”, indicou, apesar de ressalvar que não gosta de “estabelecer metas à partida”.
Como presidente de um partido, defendeu, pode “ajudar a reivindicar melhor desenvolvimento económico e social para este concelho”.
E o exemplo na política vem precisamente do avô materno, que foi autarca durante vários anos pelo PSD, e que o esperava quando chegou, juntamente com algumas dezenas de pessoas que o presidente centrista tratou pelo nome e fez questão de cumprimentar uma a uma.
Durante o percurso pela vila, ao final da tarde, foram poucas as pessoas que a comitiva encabeçada por Francisco Rodrigues (o candidato à Câmara) e Francisco Rodrigues dos Santos encontraram, à semelhança do que tinha acontecido de manhã em Nelas, na visita à feira do Carvalhal Redondo.
Esta feira é mensal e, por isso, os vários candidatos não perdem a oportunidade para apelar ao voto, e quando o presidente do CDS chegou também já lá estava uma comitiva do PS local, a que se juntou outra da CDU depois de os centristas saírem.
O presidente do CDS e o candidato Joaquim Amaral (coligação PSD/CDS, em Nelas) foram recebidos pela música da concertina e dirigiram-se a todos os vendedores, já que os clientes eram escassos.
Iam entregando canetas e, em conversa com uma mulher, o presidente do CDS fez a contabilidade aos concelhos que já visitou, mais de 50 desde o dia em que arrancou a campanha na estrada, no final de agosto.
Já durante a tarde esteve em Coimbra - a cidade onde nasceu e pela qual, confidenciou à Lusa, tem “um carinho grande” - com o candidato à câmara pela coligação que junta PSD/CDS/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR/Volt, José Manuel Silva, para mais uma arruada e foi questionado pelos jornalistas sobre não estarem previstos muitos comícios, ao contrário do que acontece com outros partidos.
Rodrigues dos Santos justificou com o seu estilo, a sua “forma de estar na política”.
“Eu gosto de estar em contacto com os portugueses, ouvir as suas preocupações, na rua, falar olhos nos olhos com eles”, salientou, recordando que quando foi eleito disse que faria das ruas o seu escritório.
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