“Este mandato correu sob a vontade de dar a volta à economia da cidade e, daqui, também ajudarmos a dar a volta à região e ao país. E acho que, quanto a esta grande tarefa, a este grande objetivo, a este grande desígnio, concluímos este mandato com sentimento de missão cumprida”, afirmou o autarca socialista, Fernando Medina, que falava no cineteatro Capitólio no final de uma conferência de balanço que durou quase duas horas.
Medina admitiu que “há sempre problemas que não foram resolvidos, mas também problemas novos, que surgem de uma nova realidade, da mudança dos tempos, do contexto”.
Quando questionado pelos jornalistas sobre o que falta para assumir a sua candidatura nas eleições autárquicas, Fernando Medina escusou-se a responder, afirmando que a sessão de hoje apenas teve o objetivo de “prestar contas”.
“Daqui a uns tempos vai iniciar-se um debate político na cidade para um novo mandato, mas esse novo mandato tem de ser feito na base daquilo que apresentaremos como proposta política para o futuro da cidade”, acrescentou.
A 6 de abril de 2015, o até então vice-presidente do município e responsável pelas pastas do Turismo, Finanças e Recursos Humanos, Fernando Medina, passou a presidir à autarquia devido à saída do ex-presidente e atual primeiro-ministro, António Costa, para preparar as eleições legislativas.
Hoje, perante uma plateia de cerca de 500 pessoas (com militantes e funcionários do município), foram várias as vezes em que Fernando Medina evocou o nome de António Costa, inclusive por ter lutado pela transferência do policiamento do trânsito para o município.
Já focando o seu balanço em quatro pilares, começou por falar na economia, área na qual o executivo de maioria PS (também composto pelos Cidadãos por Lisboa) perdeu 350 milhões de euros em devoluções ou impostos não cobrados, de acordo com o responsável.
Outras das apostas por si assinaladas foram o pronto pagamento a fornecedores (num prazo médio de dois dias), a redução da dívida, o apoio dado ao crescimento do turismo e do comércio e o incentivo à reabilitação urbana.
Relativamente à qualidade de vida, aludiu à reforma administrativa da cidade, dizendo que processo permitiu à câmara “concentrar-se em resolver as suas próprias competências”, ao nível da higiene urbana (com 26 milhões de euros investidos, mais 250 trabalhadores e mais 100 viaturas) e da segurança – tanto na Polícia Municipal (com mais 268 agentes e mais 209 viaturas), como nos Sapadores Bombeiros (com mais 50 elementos e 46 viaturas).
O autarca falou também no programa Uma Praça em Cada Bairro que, a seu ver, mudou “o conceito de viver a cidade de Lisboa”.
No que toca à mobilidade, outro dos pilares, referiu que todos os dias entram 370 mil automóveis na cidade, exemplificando que, se estes veículos estivessem alinhados, formariam uma linha compacta entre Lisboa e Paris.
Por ser uma “situação insustentável”, sublinhou a necessidade de apostar no transporte público.
Fernando Medina falou ainda na área da coesão, precisando que, na habitação social, o investimento total foi de 67 milhões de euros, “o maior desde a época dos realojamentos”.
Quanto à Cultura, o investimento foi de mais de 225 milhões de euros.
“Lisboa hoje está mais forte, mais inclusiva e mais preparada para vencer no futuro”, concluiu.
Nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 01 de outubro, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (líder do CDS-PP), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE) e Teresa Leal Coelho (PSD).
[Notícia atualizada às 22:54]
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