"Em muitos municípios concorremos coligados [com o CDS] há outros em que não houve coligação. É o caso de Lisboa é um município onde não há coligação e o PSD não deixará de apresentar a sua candidatura à capital de distrito", afirmou.
Pedro Passos Coelho falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, à entrada para o "jantar de reis" organizado pela Comissão Política local.
Questionado sobre as autárquicas e o caso particular de Lisboa, o líder do PSD lembrou que apesar da "relação preferencial com o CDS" a candidatura de Assunção Cristas não nasceu de um entendimento com o PSD, pelo que também este partido terá candidato próprio.
"O PSD apresentará a seu tempo a sua candidatura também para Lisboa", salientou, vincando que o partido "continua empenhado em fazer escolhas boas".
Pedro Passos Coelho reiterou ainda que o PSD "não subscreve um processo de nacionalização para o novo banco" e lembrou o país já tem um banco público, o qual considera que não tem sido bem tratado pelo Governo.
"Sinónimo disso é termos entrado o novo ano com a administração da Caixa Geral de Depósitos em aberto", disse.
Segundo referiu, o PSD também não alterará o posicionamento já tornado público relativamente à Taxa Social Única (TSU) e considerou ainda que há "desentendimentos na maioria" no que concerne a essa matéria.
"A maioria é que está desentendida quanto à TSU. O PSD não faz parte do Governo não esteve a fazer negociações. É uma matéria a que o PSD é alheio, não temos rigorosamente nada a ver com os compromissos que o Governo e a maioria estabeleceram nessa matéria. O PSD já disse o que tinha a dizer", afirmou.
A medida está prevista no acordo de concertação social, que consagrou o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), mas tanto o Bloco de Esquerda como o PCP admitiram levá-la ao Parlamento, caso o Governo insista na redução da TSU para as empresas como forma de compensá-las pelo aumento do SMN.
O presidente do PSD advertiu na sexta-feira o PS para não contar com o seu voto caso os partidos que completam a maioria de esquerda peçam a apreciação parlamentar do diploma que reduz a TSU das empresas.
Ao discursar num jantar organizado pela distrital social-democrata do Algarve, Pedro Passos Coelho disse que a opção do Executivo vem tornar regra uma medida que o anterior Governo PSD/CDS-PP adotou de forma temporária, em vez de seguir a solução preconizada pelos sociais-democratas de fazer depender os aumentos do salário mínimo da produtividade das empresas.
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