Em comunicado divulgado hoje, a associação afirma que as medidas propostas “podem até ter impactos positivos nas contas dos municípios e das freguesias” e vir a fazer parte das Grandes Opções dos Planos Municipais a aprovar pelos eleitos para os próximos quatro anos.

As áreas de intervenção identificadas pela associação passam pela promoção da eficiência energética e a produção de energia renovável, o incentivo da mobilidade sustentável, a promoção de uma alimentação com base na agricultura de proximidade e a dinamização de um consumo responsável assente nos princípios da economia circular.

A promoção da eficiência e o uso sustentável da água, uma gestão do território integrando os processos naturais nas decisões e a instituição de orçamentos participativos são outros dos pontos para os quais a Zero quer o compromisso dos autarcas.

Entre as propostas concretas para a promoção da eficiência energética, a Zero propõe uma aposta na reabilitação do parque edificado, com critérios exigentes de eficiência energética e promoção da produção local de energia renovável, prioridade à instalação de unidades de produção em autoconsumo nos edifícios das autarquias e melhoria da eficiência da iluminação pública, “uma fatura pesada nos orçamentos camarários, com a progressiva substituição dos atuais dispositivos de iluminação por outros mais eficientes”.

A criação de ciclovias e a generalização de redes de bicicletas partilhadas e a criação de locais de estacionamento para bicicletas, o aumento das áreas pedonais urbanas, com restrições à circulação de veículos, eletrificação dos transportes públicos e viaturas municipais, e a reabilitação ou criação de interfaces para reforçar o uso do transporte público e uma utilização conjunta com modos suaves, como andar a pé e de bicicleta, são outras propostas da Zero.

Para a promoção da eficiência e do uso sustentável da água, a associação propõe auditorias aos sistemas de abastecimento, a promoção do consumo de água da torneira, a divulgação de boas práticas de prevenção do desperdício de água e investimento no tratamento de águas residuais.

Defende ainda a dinamização de hortas comunitárias, de preferência em modo de produção biológico, criação de bolsas de terrenos agrícolas municipais, investimento na recolha seletiva porta-a-porta, distribuição de compositores domésticos e comunitários e a instalação de pequenas centrais de compostagem, criação de espaços agregadores de serviços locais de pequenas reparações de equipamentos e de promoção da reutilização.

Para a gestão do território, a Zero propõe estratégias de adaptação às alterações climáticas, a designação de áreas protegidas de âmbito regional ou local, a reabilitação ecológica de espaços degradados e a promoção da biodiversidade no interior das cidades e vilas, nomeadamente através do abandono do uso de pesticidas e fertilizantes artificiais, da reciclagem de resíduos da gestão dos espaços verdes, da utilização de espécies autóctones e da promoção de iniciativas de cidadãos.

A associação considera ainda que a instituição de Orçamentos Participativos é uma forma de envolver os cidadãos e melhorar a gestão autárquica e propõe a criação de novas formas de “dinheiro”, como as moedas locais e os bancos de tempo.

As eleições para as autarquias locais decorrem a 1 de outubro.

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