Quando concorreu pela primeira vez, em 2013, era independente e tinha pouco protagonismo na política local, não tendo sido eleita, mas, passados quatro anos, é membro da Mesa Nacional do BE e faz parte da Comissão Coordenadora Distrital de Évora do partido.

Nas eleições legislativas de 2015, esteve ao lado do sociólogo José Eliseu Pinto, com quem vive em união de facto e que encabeçou a lista do BE pelo círculo eleitoral de Évora.

Natural de Setúbal e residente há vários anos na cidade alentejana, Maria Helena Figueiredo, de 62 anos, estudou no antigo Liceu Nacional de Évora e é licenciada em Direito pela Universidade de Lisboa.

Ao longo dos anos, como dirigente da administração pública, Maria Helena Figueiredo adquiriu experiência como técnica e gestora nas áreas da justiça, mar e agricultura.

Atualmente, é funcionária da Direção Regional da Agricultura e Pescas do Alentejo, em Évora, onde chefia o gabinete jurídico e de auditoria interna.

Antes, foi diretora de serviços e subdiretora-geral das Pescas, com participação em negociações e representação em organizações internacionais, e presidiu ao Grupo de Política Externa das Pescas do Conselho da União Europeia, além de ter integrado o conselho de administração da Agência Europeia de Controlo das Pescas.

Maria Helena Figueiredo é presidente do conselho de jurisdição da Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC) e integra vários movimentos da sociedade civil e associações culturais.

Nas eleições autárquicas de 2013, a sua candidatura não foi além de 3,91%, com um total de 934 votos, e não conseguiu a eleição de um vereador, tendo o executivo municipal ficado composto por quatro eleitos da CDU, dois do PS e um da coligação PSD/CDS-PP.

Quatro anos passados, empunha como uma das suas principais bandeiras uma gestão municipal "assente na transparência", prometendo prestar mais e melhor informação aos cidadãos e limitar a contratação pública através do recurso ao ajuste direto.

Tal como nas autárquicas de 2013, Maria Helena Figueiredo considera prioritária a criação de um plano de salvaguarda ou zona especial de proteção do centro histórico de Évora, classificado há mais de 30 anos como Património da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

A situação económica e financeira da câmara municipal constitui outra das preocupações da candidata do BE, que pretende, caso vença as eleições, "estancar o desequilíbrio estrutural das contas e as causas do endividamento".

Nesse sentido, propõe a saída da Câmara de Évora do sistema Águas de Lisboa e Vale do Tejo, a revisão dos encargos com a gestão de resíduos, a estruturação dos serviços municipais de forma mais eficiente e eficaz e a redução da contratação externa.

No distrito de Évora, com 14 concelhos, a CDU lidera em seis municípios (Alandroal, Arraiolos, Évora, Montemor-o-Novo, Mora e Vila Viçosa), o PS em cinco (Mourão, Portel, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas e Viana do Alentejo) e os outros três (Borba, Estremoz e Redondo) são presididos por movimentos independentes.