A candidata do PSD à presidência da Câmara do Funchal nas autárquicas de outubro, Rubina Leal, diz que aceitou este “projeto desafiante” com “espírito de missão” e que quer contribuir para uma “cidade do mundo e para todos”.

“Para mim, a possibilidade de poder exercer funções numa autarquia, de defender a cidade onde nasci e cresci é de facto um projeto desafiante”, diz à agência Lusa.

Rubina Leal, com 50 anos, uma mulher conhecida sobretudo pela sua atividade ligada às causas sociais, integrou as equipas do município do Funchal lideradas por Miguel Albuquerque como vereadora em dois mandatos (2005 e 2013).

Admite que conhece “bem os cantos à casa”, mas vinca que, caso seja eleita, este será “o agarrar de um projeto que tem de ser agarrado com toda a firmeza”.

Rubina Leal, que é hoje a secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais do executivo madeirense, rejeita que aceitar o desafio que o partido lhe colocou represente um retrocesso em termos de carreira política ou profissional.

”De modo algum. A partir do momento em que o partido me chama para desafiar e exercer funções desta natureza, eu assumo isto com verdadeiro espírito de missão, onde está acima de tudo o interesse público, em detrimento de interesses pessoais”, declara.

Para a candidata, o mais importante é poder contribuir e trabalhar em prol da cidade e do concelho. Em regra, aliás, sempre aceitou os desafios que lhe foram propostos.

“O poder local é sem dúvida aquele em que se pode exercer a proximidade e a minha vida sempre se tem pautado por uma intervenção direta, de proximidade com a população”, argumenta.

Falando sobre as metas principais para o município, a social-democrata aponta como objetivo “tornar o Funchal uma cidade do futuro e colocá-la na senda do desenvolvimento”.

“É colocar o Funchal entre as melhores do país e da Europa, como até já o foi e já foi referência”, diz, defendendo ser importante olhar o concelho “no seu todo, que vai do mar à serra” e que é de todos os que ali vivem, nas zonas baixas e altas.

Mas esta “é também uma cidade do mundo, porque tem pessoas que diariamente a visitam, sendo necessário dar-lhe um novo rumo e potenciar todas as suas capacidades”.

Na sua opinião, é preciso preparar a cidade para os novos desafios, destacando-se “as questões do envelhecimento, desde as acessibilidades ao turismo”, sem esquecer as políticas sociais.

Rubina Leal nasceu no Funchal, em julho de 1966 e é licenciada em Sociologia pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e pós-graduada em Proteção de Menores pelo Centro de Direito de Família da Faculdade de Direito de Coimbra.

Foi dirigente da Liga Portuguesa contra o Cancro na Madeira, coordenou a equipa na Madeira do Instituto de Reinserção Social (2001) e exerceu também as funções de chefe de gabinete do ministro da República (designação anterior do representante da República nas regiões autónomas), entre 2001 e 2005.

Nesse ano, passou a integrar a equipa de vereadores de Miguel Albuquerque na Câmara do Funchal, sendo ao longo dos anos responsável por pelouros sobretudo nas áreas sociais, nomeadamente os da Habitação, Inclusão Social, Educação, Juventude e também Gestão dos mercados municipais.

Quando Albuquerque entrou em rota de colisão com o então líder do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, Rubina Leal apoiou o presidente da Câmara do Funchal na corrida à liderança do partido e acabou por deixar a comissão política regional dos sociais-democratas madeirenses.

Até ao momento, tem como adversários oficialmente anunciados para as autárquicas Rui Barreto (CDS-PP) e Roberto Vieira (MPT), tendo o PS do arquipélago já admitido o apoio à candidatura do atual presidente da autarquia, Paulo Cafôfo.