Em causa estão as transportadoras Boa Viagem, Estremadura, Mafrense, Barraqueiro Alugueres, Barraqueiro Oeste, Rodoviária do Alentejo, Isidoro Duarte e JJ Santo António.

"A greve começa às três da manhã de sexta-feira e está prevista até às três da manhã de sábado. Está previsto que existam grandes perturbações durante o dia de amanhã [19 de outubro]", confirma ao SAPO24 José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações [FECTRANS].

“Essencialmente aquilo porque lutamos é por aumentos salariais, mas não podemos falar num valor porque cada empresa tem as suas especificidades”, apontou, queixando-se de que as negociações com a administração destas empresas têm sido “infrutíferas”, disse à Lusa.

Em comunicado, a FECTRANS informa que, além da greve, está prevista uma concentração, a partir das 10h, em frente à sede da Barraqueiro, no Campo Grande, em Lisboa, que contará com a presença de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN.

No início do mês, a FECTRANS entregou o pré-aviso de greve, justificada pelos valores dos salários dos trabalhadores. “O que entendemos é que nestas empresas têm de ser praticados salários iguais àqueles que, por exemplo, o grupo Barraqueiro ainda recentemente acordou aplicar para empresas do Algarve, na ordem dos 700 euros”, disse à Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da FECTRANS.

De acordo com o coordenador da FECTRANS, as empresas do grupo “nem sequer respondem às propostas que são feitas nos termos da lei para desencadear os processos de negociação coletiva”.

Os aumentos salariais são, de acordo com o dirigente sindical, um “ponto de partida para uma discussão mais profunda”, num quadro em que ser motorista deixou de “uma profissão atrativa, o que faz com que se sinta a falta de trabalhadores neste setor”.

“Vão para estas empresas e estão lá pouco tempo, na primeira oportunidade vão embora porque consideram que não são empresas que, do ponto de vista profissional, garantam o seu futuro”, sustentou.

No entanto, em declarações à Lusa, Luís Cabaço Martins, membro do conselho de administração do Grupo Barraqueiro, perspetivou que a paralisação venha a ter “efeitos e impactos muito reduzidos”, considerando tratar-se de uma greve “injustificável”.

“É uma reivindicação salarial que nos parece desprovida de sentido e injustificável porque as empresas que têm o pré-aviso de greve são as que melhor pagam no setor e acima daquilo que o sindicato negoceia. Portanto, ninguém percebe os fundamentos e é uma contradição”, afirmou o responsável, que ocupa também o cargo de presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP).

[Notícia atualizada às 16h44]

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