Em declarações à agência Lusa, perto das 09h00, Carlos Castro adiantou que a Proteção Civil municipal e o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa estão a fazer essa análise aos edifícios da Rua Damasceno Monteiro.
“Estamos a aguardar pela análise mais técnica em termos de edificado para ver se há condições ou não de as pessoas voltarem aos edifícios”, disse à Lusa o vereador.
De acordo com o responsável, o alerta foi dado às 05:37 e quando as autoridades chegaram deram conta de um deslizamento de terras e da consequente queda de um muro.
Carlos Castro adiantou ainda que, após o primeiro reconhecimento das condições de estabilidade dos edifícios, foi necessário retirar 27 pessoas de quatro edifícios, tendo havido apenas um ferido ligeiro - um homem que sofreu algumas escoriações.
O deslizamento provocou hoje danos nos quatro edifícios de habitação.
No local, estão viaturas dos Sapadores Bombeiros, uma ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), elementos da Proteção Civil e da Polícia Municipal.
A Lusa constatou no local haver alguns moradores a observar os trabalhos dos bombeiros cobertos com mantas vermelhas.
Ismael, um dos moradores do número 106, disse à Lusa que, por volta das 05:30/05:40, sentiu um abalo muito forte durante um período muito curto e quando foi à janela reparou que as garagens estavam rebentadas e que do chão parecia sair fumo.
“Quando a minha mulher foi à janela das traseiras, viu que o muro que nos separa do condomínio que há na Graça tinha ruído e as terras avançaram em direção ao nosso edifício”, contou.
Outro morador, João (que também não quis dar o apelido), contou que sentiu um tremor por volta das 06:00, seguido de muito barulho, e pensou que fosse o rebentamento de gás num prédio próximo.
“A polícia foi muito rápida a chegar ao local e ajudou os moradores a saírem de casa”, disse.
O morador considera muito estranho este deslizamento ter ocorrido agora, pois não tem chovido.
“Tem havido inspeções, não sei o que se terá passado, dá ideia de que foi construída uma piscina do outro lado e pode ter havido alguma infiltração que amoleceu as terras e fez pressão ao muro”, disse.
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